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Dia da Gastronomia Sustentável: veja como reaproveitar recursos e economizar 

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A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 931 milhões de toneladas de alimentos foram para o lixo somente em 2019, dado mais recente do Índice de Desperdício de Alimentos produzido pela entidade. No Brasil, são cerca de 60 quilos desperdiçados por pessoa a cada ano. Os números demonstram a importância de fazer o reaproveitamento de recursos que seriam descartados, gerando economia para o bolso e, acima de tudo, contribuindo para o meio ambiente.

A conscientização a respeito desse tema é um dos objetivos do Dia da Gastronomia Sustentável, instituído pela ONU em 2016 e celebrado, desde então, em 18 de junho. O termo é amplo e inclui desde o máximo aproveitamento de ingredientes até a preferência por alimentos que tenham origem orgânica. 

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Técnica em gastronomia, a empreendedora Joseane de Castro, 35, aprendeu ainda em sua formação, no Centro de Ensino Técnico (Centec), sobre a importância da sustentabilidade. Hoje, ela trabalha na área de doceria e busca aproveitar ao máximo todos os recursos. 

“A gastronomia sustentável envolve muito valorizar o que é da nossa região. Trabalho com doces e utilizo muito o cupuaçu, o coco, o maracujá. A minha família tem um sítio e traz essas frutas para mim. Do coco, por exemplo, uso desde a água até a poupa nos meus produtos”, conta.

Um dos alimentos favoritos de Joseane é outro exemplo de gastronomia sustentável: a maniçoba, prato típico da culinária paraense. “Acho uma delícia e o mais interessante é que é feito a partir da folha da macaxeira, uma parte que poderia ser descartada”, comenta ela.

Embalagens

A técnica em gastronomia Neuza Araújo, também formada pelo Centec, já trabalha na área de confeitaria e agora está se preparando para dar um toque a mais de sustentabilidade nos negócios. “Recentemente, eu participei de uma palestra e vi que posso fazer a minha parte para ajudar o meio ambiente, transformando as embalagens dos meus produtos em sustentáveis. Estou buscando saber como alcançar esse objetivo”, afirma.

Já existem algumas opções no mercado, como embalagens de papel de cana-de-açúcar, de papel reciclado ou de plástico oxibiodegradável, que se desintegram mais rápido na natureza. “Tenho me dedicado a um trabalho de fazer rosas comestíveis na confeitaria e é para esse produto que pretendo utilizar embalagens sustentáveis”, conta Neuza.

Em alta

Com a maior preocupação de governos e organismos internacionais com a agenda ambiental, a gastronomia sustentável fica ainda mais em evidência. Essa importância reflete, inclusive, no ensino de novos profissionais. É o que explica o chef, gastrólogo e professor do curso técnico em gastronomia do Centec, José Souza.

“Em todas as aulas práticas, nós utilizamos a gastronomia sustentável. Se vamos fazer uma sopa de batata, nós vamos utilizar a casca para fazer uma batata palha ou um sequilho para jogar em cima da sopa, entre outras opções. Com frutas e legumes, por exemplo, aproveitamos até mesmo raízes e sementes para finalizar e decorar os pratos”, comenta.

A formação de novos profissionais que tenham a prática da gastronomia sustentável vai à esteira do que demanda o próprio mercado, afirma o docente. “Essa área está crescendo muito e o mais interessante é que qualquer estabelecimento pode se adaptar para praticar a gastronomia sustentável. Outra prova desse crescimento é a quantidade de empórios e restaurantes de comidas fitness que estão abrindo pela cidade de Manaus”, pontua.

Foto: Freepik

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