No Dia Internacional de Combate ao Câncer de Intestino, comemorado neste sábado (27/03), a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), chama a atenção para a importância do diagnóstico precoce da doença, que aumenta a taxa de sobrevida do paciente para 95%, nos primeiros cinco anos.
O câncer de intestino será o assunto da live com o médico especialista em cirurgia do aparelho digestivo da Fundação Cecon, Sidney Chalub, que ocorrerá na próxima terça-feira (30/03), às 11h. A transmissão será pelo Instagram da unidade hospitalar (@fcecon.am). Na ocasião, serão tratados sobre os fatores de risco, prevenção, sinais e sintomas da doença.
A live acontece em alusão ao “Março Azul” – mês de conscientização contra o câncer colorretal. A data foi instituída pelo Ministério da Saúde (MS), em parceria com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), e tem como objetivo informar e educar a população sobre esse tipo de câncer.
Incidência – O câncer de intestino é o segundo tumor cancerígeno que mais mata homens e mulheres no Brasil, e acomete pacientes com mais de 45 anos ou em pessoas que tenham casos na família. No país, a doença atinge mais de 40 mil pessoas por ano e, hoje, a chance de uma pessoa a desenvolver é de 4,3%, conforme pontua o chefe do serviço de Endoscopia da Fundação Cecon, Marcelo Tapajós.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima para o Amazonas 230 casos novos por ano, sendo 120 em homens e 110 em mulheres.
Tecnologia – Marcelo Tapajós diz que, frente a esses números e incidência, busca-se alertar a população, os profissionais de saúde, os gestores e tomadores de decisão para o diagnóstico e tratamento precoce. Ele destaca que novas tecnologias, como aparelhos de endoscopia que permitem a identificação e o tratamento de lesões, de forma segura e eficaz, têm contribuído muito.
Doença – O câncer de intestino, salienta Chalub, também é chamado de câncer colorretal (cólon e reto), e grande parte desses tumores inicia a partir de pólipos, que são lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. ”Essa região é a porção média do intestino grosso, local onde os pólipos se transformam em câncer, quando associados à predisposição genética e hábitos não saudáveis”, informa.
Fatores de risco – A retocolite ulcerativa – inflamação do intestino que causa cólicas e diarreia – é um dos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal, assim como a doença de Crohn – inflamação crônica que afeta todo o sistema digestivo, que compromete todas as camadas da parede intestinal, conforme Sidney Chalub.
Em geral, segundo ele, as causas também estão ligadas à prática de hábitos não saudáveis como sedentarismo; excesso de alimentos industrializados, principalmente carnes processadas que possuem alto teor de gordura; tabagismo e alcoolismo; e pouca ingestão de alimentos ricos em fibras.
Diagnóstico – A identificação é feita por meio da colonoscopia, retossigmoidoscopia – exame minimamente invasivo que analisa todo sistema colorretal –, exame de toque retal e pesquisa de sangue nas fezes.
Sintomas – Os principais sintomas são presença de sangue nas fezes, dor e cólica na barriga, sensação de que o intestino não é completamente esvaziado, perda de peso rápida e não intencional, anemia, cansaço e fraqueza.
Tratamento – O tratamento pode ser endoscópico com a remoção do tumor por meio da colonoscopia ou, nos casos mais avançados, pode ser necessário cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
FOTO: Arquivo FCecon
Diagnóstico precoce de câncer colorretal aumenta sobrevida de pacientes em 95%
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