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Dor que não passa: sinais de alerta que exigem atenção profissional

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Saber diferenciar um desconforto passageiro de um sintoma persistente é essencial para evitar complicações; automedicação pode ser arriscada e orientação profissional faz toda a diferença

As dores crônicas, que afetam três em cada dez pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são uma das principais causas de ida às farmácias. No entanto, é importante saber diferenciar um mal-estar de um problema mais sério, especialmente quando a busca por produtos de venda livre acontece sem uma orientação profissional.
O risco de ‘tratar’ uma dor sem entender do que se trata é ainda maior em adultos e idosos, faixa etária em que essas sensações podem se tornar mais comuns. O Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), do Ministério da Saúde, identificou que 36,9% dos brasileiros acima de 50 anos sofrem com dores constantes, e 30% recorrem a opioides para aliviar os sintomas.
Supervisor farmacêutico da rede Santo Remédio, Jhonata Vasconcelos diz que é comum receber nas drogarias pacientes que relataram diferentes tipos de dores. Alguns nem sempre passaram por um profissional. “A farmácia é muitas vezes o primeiro ponto de acolhimento, e nosso papel é orientar sobre o uso correto dos produtos e saber identificar quando a dor exige consulta médica”, explica Vasconcelos.
Segundo ele, é importante ter esse cuidado para evitar que o uso constante de medicamentos ou outros produtos para dor acabe fazendo com que o paciente nunca busque a origem do sintoma. “O que preocupa não é o uso pontual de medicamentos, mas a repetição sem orientação médica”, afirma ele.

Cuidados
Para dores ocasionais e de intensidade leve, relacionadas a esforço físico pontual, diversos produtos de venda livre podem ser utilizados com segurança. Analgésicos orais como paracetamol e dipirona são os mais comuns para episódios esporádicos. Anti-inflamatórios como ibuprofeno também podem ajudar, mas exigem cautela em pessoas com histórico de problemas gástricos, renais ou cardíacos.
No uso local, géis e pomadas com diclofenaco ou cetoprofeno (anti-inflamatórios) atuam diretamente na região dolorida. Também existem cremes que combinam substâncias como mentol e cânfora, que proporcionam sensação de frescor e alívio rápido. Já os adesivos analgésicos liberam continuamente substâncias sobre a pele, oferecendo alívio localizado e prático, especialmente para quem prefere evitar comprimidos.
Além dos produtos tópicos, existem recursos não medicamentosos que ajudam a reduzir o desconforto, como bolsas térmicas, quentes ou frias, que atuam na inflamação e proporcionam conforto à região dolorida.
“Esses produtos ajudam em situações simples, como dores pós-exercício ou sobrecarga muscular. Mas se a dor dura mais de uma semana ou vem acompanhada de outros sintomas, essa medicação deixa de ser suficiente”, alerta o farmacêutico.
Outras características de dores que merecem investigação são aquelas que pioram à noite, estão associadas à febre, perda de peso ou fraqueza muscular. Nesses casos, o risco de doenças mais sérias não pode ser ignorado.

Prevenção
É também importante entender a origem da dor não somente para poder tratar melhor a sensação, mas para evitar que ela volte. Se forem dores causadas por exercícios físicos, por exemplo, o ideal é checar se os movimentos estão sendo feitos corretamente e até onde aquele mal-estar é comum após a atividade.
Para os casos associados ao trabalho, a orientação é garantir mobiliário ergonômico, como cadeiras e poltronas adequadas. Pausas regulares para alongamentos ou pequenas caminhadas, manter a postura correta e realizar exercícios leves de fortalecimento muscular também ajudam a reduzir dores. “Mudar hábitos faz tanta diferença quanto usar o medicamento certo. É a combinação dos dois que garante um resultado duradouro”, reforça Vasconcelos.

Foto: divulgação/IA

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