Os dados são do Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp).
O mês de janeiro de 2022 marcou o período de mais mortes por intervenção da polícia militar em Manaus nos últimos 11 meses. Foram oito ações fatais a partir de agentes do Estado, que no ano se somam a mais duas registradas em fevereiro. Desde 2020, acumulam-se 115 casos dessa natureza, que se concentram nas zonas Norte e Leste de Manaus. Os dados são do Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp).
Essas mortes por intervenções policiais tiveram salto substancial em 2019, de acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública. Foram 92 óbitos desse perfil contabilizados naquele ano, depois de o estado registrar 31 e 40 em 2017 e 2018, respectivamente. Em 2020, primeiro ano de pandemia, caiu para 54 mortes e, em 2021, para 51.
No ano passado, quando o Amazonas viu os homicídios crescerem 55% em um ano, saindo de 957 para 1.487, esses episódios tiveram concentração na zona leste, especialmente no bairro Jorge Teixeira, onde 14 pessoas morreram a partir da ação policial. Neste ano, é a Colônia Terra Nova, zona Norte, quem lidera a estatística: seis das 10 mortes registradas em dois meses.
Oficialmente, os agentes públicos atribuem esses homicídios às ações de facções criminosas que disputam o tráfico de drogas em todo o estado e eventualmente entram em confronto com as forças de segurança.
Em resposta, o governo implantou, em julho, um programa chamado Amazonas Mais Seguro, que elencou seis eixos prioritários no combate à criminalidade, sendo eles: operações, inteligência da Segurança Pública, capacitações, aquisições, infraestrutura e programas sociais.
O Sisp aponta 79 homicídios em janeiro e 74 em fevereiro na cidade de Manaus, números elevados e em patamares semelhantes aos de 2021, mas que a secretaria de Segurança destaca ser 24% menor em relação a agosto do ano passado, quando 98 pessoas foram assassinadas na capital.
Fonte: REDAÇÃO TH