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Em Manaus, aulas são retomadas em 70% dos colégios privados

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Estado foi o primeiro do Brasil a autorizar o retorno das atividades presenciais, segundo a Fenep. Mas na rede pública, a volta ainda é discutida

Escolas particulares retomaram aulas presenciais em Manaus, conforme o 4º ciclo do plano de reabertura gradual do governo do Amazonas. O Estado foi o primeiro do Brasil a autorizar o retorno, segundo a Federação Nacional de Escolas Particulares (Fenep). No Estado, as classes foram interrompidas em 17 de março. Na rede pública, a volta ainda é discutida.

As atividades retornaram no dia 6, seguindo recomendações da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) como: evitar aglomeração, contato físico e/ou compartilhamento de materiais entre alunos, aula limitada a 50% da capacidade de lotação e distanciamento mínimo de 1,5 metro entre cadeiras.

Conforme a presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Amazonas (Sinepe), Elaine Saldanha, 70% das escolas na capital, do infantil ao médio, retornaram com rodízio entre turmas, além das mudanças de horário de entrada e saída, e intervalos. “Itens que são fundamentais: máscara para todos os alunos, professores e visitantes, aferição da temperatura ao entrar – tanto de colaboradores, professores, alunos e visitantes. Evitar aglomerações e maior distribuição de pias.” Protetores faciais também foram adotados.

De 87 mil estudantes em Manaus, 60 mil retornaram, diz ela. Além do medo dos pais, o cancelamento de contratos contribuiu para a ausência de alunos; das desistências, 84% foram na creche e na pré-escola.

O Centro de Educação Meu Caminho atende crianças de 6 meses aos 10 anos. Uma reunião foi feita com os responsáveis para que orientassem as crianças. “Estamos evitando a aglomeração na escola, mapeamos as áreas de convívio, instalamos barreiras acrílicas. Os alunos ganharam kits de higiene pessoal contendo máscaras, e foi feita sinalização no piso”, diz a diretora Laura Cristina. “Outras associadas contrataram monitores para ficar um em cada andar e técnicos de saúde para ter um melhor suporte no caso dos sintomas.”

Thaise Abreu, mãe de Raissa, de 11 anos, e Rafael, de 6, conciliou o trabalho virtual com a educação dos filhos. “Eu, mãe solteira, advogada e influenciadora digital, precisei continuar meu trabalho, ainda que online”, conta. “Foi uma das minhas maiores dificuldades ter de estudar com eles para provas, ensiná-los todo dia. Praticamente o que os professores fazem nós é que estávamos fazendo.”

Para ela, o momento é favorável para o retorno presencial da aula, uma vez que a rede estadual de saúde não está mais colapsada, como ocorreu em abril e maio, e as mortes pelo coronavírus tiveram redução drástica. “O que me traz confiança são as normas sendo respeitadas pela escola”, diz. “Não tem mais abraço, não tem mais ficar perto, a alimentação é feita em área aberta, com higienizador de pés nos tapetes. A escola ofereceu a continuidade das aulas online. Optei (pelo presencial) porque realmente preciso trabalhar.”

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