O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Amazonas (Sinepe-AM) tem orientado que as escolas passem a enviar relatórios semanais para a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) informando ocorrências ou não de casos da Covid-19 entre seus alunos, colaboradores e familiares. A medida permite que o órgão passe a ter um controle dos casos, além de acompanhar a adoção dos protocolos e medidas de segurança. Manaus foi a primeira capital do país a retomar as aulas presenciais, no dia de 6 julho e, até o momento não houve registro de contágio originado do ambiente escolar na rede de ensino privado.
A presidente do Sinepe-AM, Elaine Saldanha, conta que todo o setor segue engajado em seguir as medidas de distanciamento e segurança previstas nas recomendações dos órgão de saúde. Não é a à toa, que o sucesso do retorno das aulas no segmento privado em Manaus se tornou referência para outras capitais do país.
“As escolas têm sido orientadas que, caso haja suspeita de contágio, a providência será isolar o estudante até que o responsável chegue e, no caso do colaborador, o mesmo seja encaminhado para uma unidade de saúde. Ambos terão que cumprir o isolamento social em casa até que seja liberado pelo médico”, acrescenta a vice-presidente do Sinepe-AM, Laura Cristina Vital.
Enquanto houver a necessidade de seguir o distanciamento social, o Sinepe-AM tem aconselhado que as instituições continuem realizando o revezamento, o que reduz a quantidade de alunos da sala de aula para evitar aglomerações, além do ensino híbrido, para que o processo de ensino-aprendizagem aconteça sem prejuízos aos estudantes.
Entre as medidas adotadas pelas instituições também está a lotação das salas de aula limitada a 50% da capacidade, o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as carteiras ocupadas, evitar aglomeração, contato físico e compartilhamento de materiais entre alunos, além da disponibilização do álcool 70%, uso de máscaras individuais, limpeza e desinfecção de sapatos, de materiais escolares e da escola, e aferição da temperatura corporal.
Monitoramento de casos
Todas as segundas-feiras, desde as creches até as universidades devem preencher e enviar um formulário respondendo se houve comunicação ou não de possível caso da doença. Caso a resposta seja positiva, os gestores devem informar se a comunicação se trata de aluno, colaborador ou familiar, quais os sintomas apresentados, e se a pessoa recebeu atendimento e diagnóstico médico.
Segundo a enfermeira Evelyn Campelo, da Comissão e Serviços de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Ceciss/FVS-AM), com o monitoramento é possível avaliar e orientar as medidas de prevenção da disseminação em tempo oportuno. “E esse protocolo será realizado tanto pelas instituições particulares quanto públicas”, disse.
A FVS-AM informa que nas instituições de ensino privado foram notificados apenas casos de síndrome gripal e de alunos contactantes de pais ou familiares positivos para Coronavírus, que foram afastados das atividades e permaneceram sob monitoramento.