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SAÚDE

Especialista alerta para importância da vacina BCG, que protege contra a tuberculose

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Segundo o Ministério da Saúde, em 2020, o país não atingiu a meta de imunização contra a doença, que deve ser de 90%

A imunização na primeira infância e nas demais etapas da vida é uma das maneiras mais eficazes para o controle, prevenção e erradicação de diversas doenças causadas por vírus e bactérias. Dentre as vacinas obrigatórias para recém-nascidos no Brasil está a BCG (Bacilo Calmette-Guérin), que protege contra as formas mais graves da tuberculose, doença infectocontagiosa e endêmica. Basta uma dose, de preferência nas primeiras 12 horas após o nascimento da criança.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) tem como meta vacinar pelo menos 90% do público-alvo com a dose de BCG. Atualmente, este grupo é formado por aproximadamente 2,8 milhões de recém-nascidos. Crianças de até 4 anos de idade, não vacinadas anteriormente, também podem receber a vacina.
Incluída no calendário nacional de vacinação em 1977, a taxa de cobertura vacinal da BCG vem caindo no país. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2020, o país vacinou somente 73,51% das crianças, índice bem inferior ao registrado em anos anteriores, quando a cobertura chegou, em média, próximo a 95% do público-alvo para a vacina.
Em ocasião do Dia Mundial da Tuberculose, comemorado em 24 de março, conversamos com a infectologista e gerente de imunizações do Grupo Sabin, Ana Rosa dos Santos, sobre o papel da vacina no enfrentamento à doença, que no Brasil, registra 70 mil casos, e leva cerca de 4.500 pessoas a óbito. “A BCG é fundamental para a proteção contra as formas mais graves da tuberculose – pulmonar e meníngea. A vacina é uma conquista muito importante para a sociedade global, mas para que ela cumpra o seu papel, precisa atingir a cobertura mínima prevista no PNI”, afirma a infectologista.
Febre, emagrecimento, perda de apetite e sudorese noturna são os sintomas mais clássicos da doença. “Ao perceber algumas destas manifestações, o paciente deve procurar atendimento médico imediatamente, para possível confirmação por meio do diagnóstico laboratorial e tratamento imediato”, aconselha a médica. A doença é transmitida de forma aérea, por meio de aerossóis (partículas líquidas minúsculas) que uma pessoa contaminada lança no ar durante a fala, espirro ou tosse.
O diagnóstico da tuberculose é feito por meio de exames específicos, como baciloscopia, teste rápido molecular para tuberculose, exames de imagem, que incluem Raio-X e tomografia, e cultura para micobactéria. O tratamento da doença dura no mínimo seis meses. A tuberculose tem cura quando o esquema é feito de forma adequada, até o final.

Dia Mundial da Tuberculose
Há 140 anos, o médico patologista e bacteriologista Robert Koch anunciou, em 24 de março de 1882, a descoberta do bacilo causador da tuberculose, possibilitando novas pesquisas para o diagnóstico e a cura da doença. A data passou a ser celebrada como Dia Mundial da Tuberculose (TB) na busca da conscientização sobre a necessidade de prevenção por meio da vacina das consequências devastadoras da TB e a redução da epidemia global.

Foto: Erasmo Salomão/ Ministério da Saúde

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