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Família diz que jovem de 20 anos foi morto por policiais no Tarumã

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A família e moradores da comunidade fizeram uma manifestação contra a ação dos policiais e pedindo justiça

Manaus (AM) – Um jovem identificado como Antônio Carlos Almeida Fernandes, de 20 anos, foi morto a tiros, supostamente, durante uma abordagem policial ocorrida na rua Cachoeira Santa, no bairro Tarumã, na Zona Oeste de Manaus. O fato ocorreu na segunda-feira (3). 

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Familiares da vítima e moradores da comunidade realizaram uma manifestação após o jovem morrer na Unidade de Pronto-Atendimento do Campos Sales. Segundo eles, a polícia invadiu as casas sem nenhuma ordem judicial. 

A mãe da vítima, Jandira Fernandes, afirmou à imprensa que houve excesso na ação dos policiais e que o filho tinha acabado de sair de casa quando foi abordado pelos PMs.

Conforme a mulher, Antônio Carlos teria sido agredido e, posteriormente, atingido com um tiro de fuzil. Cápsulas foram encontradas por moradores, que, revoltados, fecharam uma via pública manifestando contra a conduta dos policiais e pedindo justiça.

“Eles pisaram no peito do meu filho. Ele não era traficante, não estava roubando, tinha acabado de sair de casa, não fazia nem três minutos. Eu gritei, pelo amor de Deus, para soltarem ele. Mas eu tenho fé, que a maior justiça será a de Deus. Eles não mataram um cachorro, eles mataram meu filho”, disse a mãe de Antônio Carlos, aos prantos.

O corpo do jovem foi removido pela equipe do Instituto Médico Legal (IML), que confirmou a morte por arma de fogo.

A Polícia Civil informou que, conforme o Boletim de Ocorrência (BO), registrado no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), na noite de segunda-feira (3), às 23h, a irmã de Antônio Carlos informou que o rapaz foi encontrado em uma região de mata, com ferimentos decorrentes de disparos de arma de fogo.

Ainda conforme a PC, Antônio chegou a ser socorrido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campos Sales, por uma guarnição da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), mas não resistiu. A família afirma que a polícia demorou bastante para prestar socorro a Antônio Carlos.

“Demoram muito para levá-lo ao hospital, pois afirmavam que ele estava fingindo. Só porque moramos em um bairro humilde, eles pensam que todos são bandidos. Isso foi assassinato, o rapaz não era traficante. Nós precisamos de segurança, mas quando a polícia entra é para nos reprimir, que farda é essa desses homens que entraram aqui e mataram esse rapaz? Onde está nossa segurança?”, questionam os moradores do local.

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