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Famílias que vivem em áreas alagadiças da Comunidade da Sharp serão reassentadas em 60 dias

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O compromisso foi firmado pelo governador do Estado, Wilson Lima (UB), na manhã desta terça-feira (28), durante cerimônia de entrega de bônus-moradia

Em 60 dias todas as famílias que moram na região alagadiça da Comunidade da Sharp, bairro Armando Mendes, Zona Leste de Manaus, serão reassentadas. O compromisso foi firmado pelo governador do Estado, Wilson Lima (UB), na manhã desta terça-feira (28), durante cerimônia de entrega de bônus-moradia para 200 famílias, no Centro de Convenções Vasco Vasques, Zona Centro-Oeste de Manaus. 

O valor do repasse para as famílias – dividido entre 148 bônus moradia de até R$ 60 mil e 52 indenizações -, entregues durante o evento, superam os R$ 8 milhões, recurso que foi antecipado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em vista das alagações que ocorram em Manaus no último sábado. Dezessete famílias da Sharp ficaram desalojadas e centenas tiveram as casas tomadas pela água do Igarapé do Quarenta.

“A gente já tinha uma programação na Comunidade da Sharp para as retiradas daquelas famílias, mas o que aconteceu no sábado fez com que a gente acelerasse mais ainda esse processo e se tornou cada vez mais urgente tirar as famílias estão ali. Por isso, eu estive ontem lá em Brasília conversando com o representante do BID, que é o banco que está nos ajudando nessa operação de crédito pra tocar o Prosamim+ e lá eu tive o sinal vermelho para que a gente pudesse tirar o máximo possível de gente no menor tempo possível.  A nossa programação era até o final de junho e a gente quer fazer isso, próximos dois meses”, assegurou o governador.

A expectativa, de acordo com o governador, é que haja ainda mais chuvas no mês de abril e a ideia é agir quanto antes para que o problema não venha a se repetir. Wilson lembrou que as famílias que estavam na área mais afetada pela chuva estão agora sob os cuidados do estado e devem receber Auxílio Aluguel até que a indenização delas seja liberada em no máximo 45 dias. 

“O estado do Amazonas tem se preocupado muito com essa questão da moradia. É claro que tem muita gente de mora lá há 15, 20, 30 anos e quando a gente começou o processo lá dizia: isso é conversa desse governador mais um pra enganar a gente. Eu até entendo quando falam isso, porque que muita gente vai prometeu ao pessoal da comunidade da Sharp e só quem mora lá na comunidade da Sharp, só quem viveu aquela realidade vai entender o desespero de uma mãe toda às vezes que chove. Para muita gente esse drama acaba hoje”, completou Wilson Lima.

Esperança de dias melhores

A indenização é um alento para quem enfrentou anos de sofrimento como a aposentada, Maria Pimenta Lobo, 85, que há oito anos mora na comunidade da Sharp. Ela narra o desespero do ultimo sábado em que viu a água chegar na altura do joelho dentro de casa e destruir 

“Dessa de sábado, começou 5 horas e foi parar 10 horas com a água por aqui [no joelho] pegando as coisas, suspendendo, tudo molhado. Era roupa molhada, era colchão molhado, a geladeira virou e os meninos suspenderam e ficaram segurando até a água baixar para ela poder se aprumar. A lama era horrível, aquilo fede demais”, relatou.

Mesmo após a alagação e com rachaduras na estrutura, a idosa voltou à residência, mesmo com risco de nova alagação. Agora com o dinheiro em mãos , ela espera um futuro melhor para ela e para os três netos.

“Eu espero que melhore, até quando Jesus vir me buscar”.

(Foto: Márcio Silva/A CRÍTICA)

Fonte:@acritica

Giovanna Marinho

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