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SAÚDE

Farmacêutico alerta para efeitos do uso abusivo de antialérgicos

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Na quinta-feira (8), é comemorado o Dia Mundial da Alergia. Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 30% da população brasileira têm algum tipo de alergia e, desse percentual, 20% são crianças. Com a frequência da condição, o uso constante e indiscriminado de remédios para tratar sintomas pode ser um perigo.
Um dos principais riscos está associado à intoxicação causada por medicamentos em uso excessivo e sem orientação profissional. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, cerca de 30 mil casos de internação são registrados por ano no Brasil. Dentre os principais medicamentos causadores desta condição estão os antialérgicos, analgésicos e anti-inflamatórios.
“Os antialérgicos mais utilizados podem ser adquiridos sem prescrição, então é preciso ter uma maior atenção ao uso. Quando o consumo se torna indiscriminado, é possível que o organismo se acostume com o remédio (efeito rebote) e a resposta seja reduzida”, explica Eduardo Donini, farmacêutico da rede Santo Remédio.
Dentre os fármacos utilizados, os anti-histamínicos são os mais comuns. Esses medicamentos tratam sintomas como reação alérgica na pele ou nos olhos, coriza, rinite e urticária. A forma de uso varia a depender das fórmulas, como comprimidos e xaropes.
“Outra classe de medicamentos usada são os corticoides. Apesar de, nas drogarias, ficarem por trás dos balcões de atendimento, esses fármacos não são de retenção da receita. Logo, há possibilidade de uso indiscriminado, o que pode causar riscos à saúde do paciente”, afirma Donini.
Os corticóides são utilizados para diversas doenças, dentre elas, a alergia. O remédio atua na diminuição da resposta imunológica anormal do corpo, reduzindo assim os sintomas. No entanto, o excesso no uso pode causar inchaços, ganho de peso, surgimento de celulites e estrias, apetite descontrolado e até aumento de pelos em diferentes regiões do corpo.

Risco da automedicação
O uso de medicamentos sem orientação médica é praticado por 77% dos brasileiros, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM). Esse dado assusta pelo alto número, em especial pelos riscos apontados por especialistas.
“Mesmo que o medicamento não precise de receita, é imprescindível consultar um profissional de saúde. Além de possuírem efeitos colaterais, os remédios podem, ao amenizar sintomas, maquiar possíveis doenças existentes sem que o paciente tenha conhecimento”, alerta o farmacêutico.

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Foto: divulgação

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