Com o passar dos anos, a pele perde elementos essenciais como colágeno, fibras e gordura, especialmente nas áreas das bochechas, olhos, pescoço e sobrancelhas. Essa diminuição da elasticidade resulta no aparecimento de rugas, lesões e uma pele mais fina e desidratada.
Em busca de soluções para combater esses sinais do tempo, os fios de sustentação têm ganhado destaque. A técnica, também conhecida como lifting de fios, visa reposicionar a pele, combatendo a flacidez. O procedimento envolve a inserção de fios através de pequenas incisões.
Mas, afinal, o lifting de fios é eficaz? Quais são os riscos envolvidos?
Como funcionam os fios de sustentação?
Em geral, os resultados proporcionados pelos fios de sustentação são mais discretos e menos duradouros em comparação com o lifting facial tradicional. Estudos sobre o tema apresentam resultados variáveis, e a eficácia, os riscos e a duração dos efeitos dependem do tipo de procedimento, da técnica utilizada e da tecnologia empregada.
A durabilidade dos resultados varia de pessoa para pessoa, mas, em média, um novo procedimento pode ser necessário entre 6 e 18 meses.
Alguns estudos sugerem que a melhora observada após o lifting com fios pode ser atribuída ao edema (inchaço) causado pelo procedimento, e não à técnica em si. O que se confirma é que os resultados não são permanentes.
Independentemente do tipo de fio utilizado, a técnica consiste em suspender os tecidos moles sob a pele. Como não há alterações volumétricas significativas no rosto e os tecidos são reposicionados sem remover o excesso de pele, o efeito é temporário.
Quais são os riscos?
Apesar de ser menos invasivo que o lifting tradicional, o lifting com fios ainda apresenta um risco considerável de não atingir os resultados esperados. Os fios podem quebrar, sofrer extrusão ou migração, ou até mesmo ficarem expostos, o que pode exigir um novo tratamento.
Outros possíveis efeitos colaterais incluem:
- Ondulações na pele;
- Hemorragias superficiais;
- Assimetria leve;
- Eritema (irritação na pele);
- Edema (inchaço local);
- Dor persistente;
- Bolhas;
- Reação inflamatória crônica (em casos raros).
A reversão de um resultado indesejado ou de complicações não é simples. Estudos indicam que a necessidade de reposicionamento ou substituição dos fios após o procedimento pode chegar a 20% dos casos.
Quem pode se submeter ao lifting de fios?
O procedimento é indicado para pacientes com flacidez leve dos tecidos, prolapso leve de gordura e rugas superficiais. Não é recomendado para quem busca resultados imediatos ou um lifting drástico.
A avaliação individual de cada caso e a identificação de possíveis complicações exigem um profissional experiente. Existem diversos tipos de lifting de fios com diferentes tecnologias, e os resultados de estudos mais antigos sobre a técnica podem não ser aplicáveis a todos os casos, tanto em termos de riscos quanto de duração.
É fundamental consultar um cirurgião plástico para uma avaliação completa antes de optar pelo lifting de fios, conhecendo todas as alternativas disponíveis para alcançar o resultado desejado.
Fonte: saude.abril.com.br


