Trabalho é parte dos estudos das áreas que serão integradas em um novo programa de saneamento do Governo do Amazonas
Manaus – Após uma vistoria a 2.573 casas, a Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), finalizou, nesta semana, o levantamento das moradias da comunidade da Sharp, localizadas nas zonas sul e leste. As casas estão localizadas entre a avenida Manaus 2000, no bairro do Japiim, e os imóveis nas margens do leito do igarapé do 40 até a comunidade da Sharp, no bairro do Armando Mendes.
Conforme a subcoordenadora do social da UGPE, Viviane Dutra, as visitas na comunidade têm por objetivo realizar a revalidação cadastral, repassar informações e preparar os moradores para as consultas públicas.
“O levantamento serve para podermos programar melhor as metas do reassentamento, projetar melhor os custos do mesmo e para poder avaliar melhor a viabilidade do programa”, pontua a subcoordenadora.
As validações cadastrais dos moradores são feitas por meio de uma verificação visual e fotográfica, para conferir a quantidade de imóveis e a tipologia, se são de alvenaria ou de madeira, assim como o uso da construção, se é uma moradia ou estabelecimento comercial.
A moradora Maria de Jesus Dourado, 57, reside na comunidade da Sharp há oito anos e afirma que vive no local com os filhos e netos por necessidade e por não ter para onde ir. A moradora afirmou também que gostaria que alguém ajudasse ela e os seus vizinhos a sair dessas condições.
“Eu vivo aqui por necessidade, quando chove o igarapé sobe, alaga tudo, a água bate na canela, vem todo tipo de imundice, muitos ratos e baratas”, afirmou a moradora.
O levantamento também serve para mapear as lideranças comunitárias, as representações comunitárias, e outras organizações da comunidade, para que possa ser estruturado o público que participará diretamente das consultas públicas. Segundo Dutra, “tudo que a gente projeta, depois vai ser apresentado para comunidade para que eles validem ou não as estratégias que nós estamos desenhando”.
“Esse levantamento do campo é uma aproximação, tendo em vista todo o impacto que o trabalho social teve em virtude da pandemia, serve como um reconhecimento para que tenhamos condições de mobilização dessa população que será diretamente afetada pelas ações do programa, para que a gente agora saia da fase de estudo e já entre de fato na fase de preparação das consultas públicas”, complementa a subcoordenadora.
O coordenador executivo da UGPE, o engenheiro civil Marcellus Campêlo, afirmou que outras administrações já haviam desenvolvido estudos para projetos de saneamento na área da Sharp, mas que os projetos não haviam sido executados.