BRASÍLIA – Em uma iniciativa conjunta, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) e artesãos indígenas estão se unindo para combater o uso ilegal da fauna silvestre.
A colaboração surge em resposta ao turismo com animais e ao uso de artesanatos confeccionados com partes de animais. A preocupação se intensifica com a proximidade do Festival Folclórico de Parintins, período em que tais modalidades de infração ambiental tendem a se agravar.
O Ibama tem trabalhado nesta pauta há mais de 20 anos, através da campanha educativa “Não tire as penas da vida”. “A atuação do Ibama resultou numa enorme evolução e envolvimento das Associações Folclóricas de Parintins que deixaram de usar penas verdadeiras e hoje usam somente penas sintéticas”, afirmou o Superintendente do IBAMA-AM, Joel Araújo.
A Amazonastur, por sua vez, realiza a campanha “Não toque, observe” para alertar sobre o manuseio de animais silvestres em locais de turismo, prática que configura crime de acordo com a Lei 9.605/98 e infração ambiental pelo Decreto 6514/08.
Entidades indígenistas presentes no evento reconheceram a importância do repasse de informações para que não ocorram autuações e apreensões de bens para indígenas. Além disso, ressaltaram a relevância do respeito à cultura indígena pelos não-indígenas, lembrando que o uso de artefatos indígenas remete à hierarquias tribais que devem ser respeitadas no âmbito da cultura indígena.
A iniciativa faz parte da programação do Ibama para a temporada 2024 da campanha educativa e representa um passo importante na luta pela proteção da fauna silvestre e pelo respeito à cultura indígena.
Fonte: Divulgação IBAMA-AM.