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SAÚDE

Idosos precisam de atenção e cuidados redobrados por causa da Covid-19

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“Os pacientes dividem-se em dois grupos: o grupo dos que estão extremamente temerosos e trancados em casa, e o grupo de pacientes que acha que não é com ele, que já passou por muita coisa nessa vida e podem sair e fazer de tudo”, conta o geriatra Thiago Póvoa, ao alertar sobre os cuidados com a Covid-19.

Quando 11% da população brasileira – de idosos – está impedida de sair às ruas, ir a praças e mercados, encontrar os amigos e familiares, as pessoas se deparam com o desafio de driblar ímpetos e convencer os mais velhos a se preservarem para dias melhores.

Banho de Sol e manutenção da rotina ajudam a manter imunidade alta, recomenda geriatra
Banho de Sol e rotina ajudam a manter imunidade alta, recomenda geriatra – Divulgação/ TV Brasil

O programa Impressões, traz uma série de orientações sobre o que podemos fazer para amenizar impactos do confinamento nos idosos. Aqueles com mais de 80 anos precisam de atenção e de cuidados redobrados. Na conversa com a jornalista Katiuscia Neri, o presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Distrito Federal, Thiago Póvoa, alerta para uma das poucas certezas sobre o novo coronavírus: a vulnerabilidade dos idosos. Por terem saúde mais frágil, são eles os que mais sofrem as consequências da Covid-19 em caso de contaminação.

“Eu costumo comparar nosso organismo às engrenagens de um veículo. Com o passar do tempo, as peças vão tendo mais dificuldade de se encaixar. As respostas do corpo ficam mais lentas e precárias”, explica o especialista. Ele lembra ainda que o organismo do idoso está mais fragilizado por doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, o que aumenta os riscos.

O especialista chama atenção para doenças que podem ocorrer junto com o coronavírus. “As pessoas não deixam de infartar, de ter derrame de ter infecções por conta da pandemia”, adverte. “A gente orienta para que não procurem o hospital. Mas infelizmente as estatísticas mostram que aumentaram os riscos de um AVC em casa, de um infarto em casa e que poderiam ser tratados no hospital”, revela Póvoa.

O médico explica que a geriatria trabalha constantemente para que o idoso seja incluído na sociedade, mas, diante da pandemia, as recomendações, por ora, são o isolamento social, lamenta. “Mas o distanciamento afetivo não deve existir. Aquela ligação de assistência, para perguntar se está tudo bem, dizer “eu estou aqui”, recomendou, deve ser mantida por familiares e amigos.

Outra dica importante é a manutenção de uma rotina diária básica para assegurar os níveis de imunidade e equilíbrio emocional e garantir o banho de sol.

Aos familiares de idosos e aqueles que se encontram isolados, o geriatra arrisca um conselho: “Isso vai passar. Historicamente, as pandemias passam. Infelizmente para muitos de nós, conhecidos vão sofrer. Muitos vão adoecer, poucos vão até vir a falecer. Mas vai passar”.

Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Distrito Federal, Thiago Póvoa, em entrevista ao Impressões

Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Distrito Federal, Thiago Póvoa, em entrevista ao Impressões – Divulgação/ TV Brasil

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