Conexão Amazônica
POLÍCIA

Indigenista e jornalista foram atingidos por disparos de armas de caça, diz perícia

Publicidade

De acordo com a PF, eles foram atingidos por disparos de armas de fogo com munição típica de caça

Manaus (AM) – A Polícia Federal informou neste sábado (18) que o exame médico-legal dos peritos esclareceu a dinâmica das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.

Publicidade

De acordo com a PF, eles foram atingidos por disparos de armas de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins, causando diversas lesões internas. Phillips foi atingido por um tiro na altura do abdômen e morreu em decorrência de traumatismo toracoabdominal.

No corpo de Bruno Pereira foram identificados três disparos, sendo dois na altura do tórax e abdômen, e outro na cabeça. Os peritos concluíram que a morte do indigenista foi causada por traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo.

Assassinatos

Dom Phillips, que era colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram vistos pela última no dia 5 de junho, na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), quando sumiram sem deixar vestígios.

O indigenista denunciou que estaria sofrendo ameaças na região, informação confirmada pela PF, que abriu procedimento investigativo sobre a denúncia. Bruno Pereira estava atuando como colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja) – entidade mantida pelos próprios indígenas da região. Entre as suas missões, estava a de impedir a caça e a pesca ilegal na reserva, bem como outras práticas criminosas. A Terra Indígena do Vale do Javari concentra o maior número de índios isolados ou de recente contato do planeta e qualquer aproximação com não índios pode desencadear um processo de extermínio desses povos, seja pela disseminação de doenças ou enfrentamento direto.

Segundo um dos autores do crime, a motivação do assassinato de Bruno e Dom teria sido justamente a atuação deles na denúncia de acesso e exploração ilegal da reserva. A PF chegou a dizer, na sexta-feira (17), que não haveria mandantes nem participação de organizações criminosas. A conclusão, no entanto, foi rechaçada pela Unijava, que, em nota, informou terem sido repassados dados sobre organizações criminosas que estariam atuando na região.

*Agência Brasil 

Publicidade

Leia mais

Base Fluvial Paulo Pinto Nery é enviada para operação no rio Madeira

elayne

Suspeito de matar e forjar suicídio de idoso é preso em Manaus

elayne

Homem é preso por roubar cordão de turista paulista no Centro de Manaus

elayne

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceito Leia mais