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Indústria amazonense cresce 7,8% em março e supera queda consecutiva

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Além do resultado do setor ultrapassar o crescimento nacional de 2,4% no mesmo período, a indústria no Amazonas teve o maior avanço entre as unidades da federação

Manaus – As atividades produtivas da indústria no Amazonas apresentaram um crescimento depois de três quedas consecutivas e ainda superaram o resultado nacional. Em março de 2021, o estado apresentou alta de 7,8%.

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Em fevereiro, a queda era de 0,7%. Já o resultado nacional, apresentou uma subida de 2,4% em março deste ano, porém, bem menor do que o do Amazonas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Representantes da indústria e do comércio no Amazonas afirmam que a contenção da pandemia local contribuiu para o resultado positivo. 

O resultado positivo de 7,8% da indústria no estado apareceu pela primeira vez no ano após apresentar retrações nos últimos meses em função das consequências do agravamento da pandemia com a segunda onda, como o desabastecimento e as medidas restritivas.

Em dezembro de 2020, a queda foi de 5%, enquanto em janeiro a retração foi maior, com 11,6%, e em fevereiro com uma queda de 0,7%.

Além de recuperar uma sequência de resultados negativos, a produção industrial no Amazonas em março de 7,8% teve o melhor resultado de todas as unidades federativas. O Pará apareceu em segundo lugar como bom desempenho com 2,1%, seguido de Minas Gerais, com 1,7%.  As piores performances foram as do Ceará, com a retração de 15,5%, seguido do Rio Grande do Sul, com a queda de 7,3% e a Bahia, com o declínio de 6,2%.

Variação mensal

O crescimento da indústria amazonense de 22,5%, em março de 2021, em relação a março de 2020, foi o segundo maior entre as unidades da federação. Os piores desempenhos foram os da Bahia, com -18,3%, Rio de Janeiro, com -4,8% e Mato Grosso, com -1,7%. E os melhores foram os de Santa Catarina, com 36,5%, do Amazonas, com 22,5%, e o do Rio Grande do Sul, com 21,0%.

Variação acumulada do ano

A variação acumulada no ano da indústria amazonense, de 0,3%, entre janeiro a março de 2021, em relação ao mesmo período do ano anterior, colocou o estado do Amazonas na 9ª posição entre as 15 unidades da federação pesquisadas. Os piores desempenhos foram os da Bahia, com -17,9%, Mato Grosso, com -7,7% e Goiás, com -5,5%. E os melhores, os de Santa Catarina, com 17,8%, Rio Grande do Sul, com 12,3% e Minas Gerais, com 9,1%.

Desempenho por atividades                 

As atividades da indústria amazonense que tiveram variação positiva em março, com relação a fevereiro, e colaboraram para o bom desempenho foram: a Fabricação de produtos de borracha e de material plástico (101,8%), a Fabricação de bebidas (61,6%),  a Fabricação de máquinas e equipamentos (51,5%), a Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (30,7%), Indústria da transformação (23,8%), a Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (11,1%), Fabricação de equipamentos de informática e eletrônicos (9,6%), e a Indústria extrativa – óleo bruto de petróleo (0,1%).

De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, o crescimento trouxe um alento à economia do estado e que as indústrias locais tiveram um crescimento de 23,8% em março em relação ao mesmo período de 2020.

Mesmo com o bom resultado, Silva alega que não é viável assegurar que essa ascensão deva continuar por conta da crise sanitária no restante do país. O representante ainda explica que, como o Amazonas saiu da segunda onda primeiro do que os outros estados, os resultados positivos locais foram superiores ao nacional. Porém, o Polo Industrial de Manaus (PIM) depende do abastecimento externo e a economia local da nacional.

“Março foi o mês em que as atividades retornaram após a paralisação dos dois primeiros meses do ano, natural que os números representassem essa demanda reprimida do início de 2021. É preciso cautela, contudo, em relação à sequência do ano. A crise sanitária e econômica ainda permanece causando problemas em toda a cadeia, do abastecimento à entrega”, adverte.

Como o comércio vende os produtos fabricados pela indústria, o resultado positivo teve a contribuição do setor. O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-AM), Aderson Frota, afirma que a participação do comércio na indústria é fundamental e traz um equilíbrio para ambos. “O nosso relacionamento com a indústria é exatamente quando ela fatura para o comércio atender a população. Com o comércio funcionando, veio trazer incremento nas vendas do próprio setor industrial”, ressalta.

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