A maioria desses internados por causas secundárias está na rede pública de saúde, principalmente na faixa de adultos (153) e gestantes (62)
Entre os 588 internados com Covid-19 na rede assistencial de saúde de Manaus, 234, ou 40% do total, foram hospitalizados por outras causas. São pacientes que deram entrada em leito clínico ou de unidade de terapia intensiva por razões médicas não relacionadas ao novo coronavírus, mas tiveram resultado positivo em teste para doença durante triagem nos hospitais.
As informações constam no boletim diário epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM). A maioria desses internados por causas secundárias está na rede pública de saúde, principalmente na faixa de adultos (153) e gestantes (62), que são metade e maioria entre os internados com Covid-19 em leitos clínicos de enfermaria, respectivamente.
Questionada sobre a acomodação desses enfermos, a Secretaria de Estado de Saúde informou que “os pacientes que testam positivo para Covid-19 após internação em Hospitais e Prontos-Socorros (HPSs) seguem o protocolo de segregação e manejo clínico”. Quando os casos são de SRAG, conforme a pasta, eles são encaminhados para unidades de referência de Covid-19.
O boletim da FVS-AM informa, em paralelo, a situação vacinal dos pacientes internados por Covid. No documento divulgado na quarta-feira, 26/1, eram 139 os internados em Manaus com as doses da vacina em dia. Questionada sobre o quadro de imunização daqueles que estão internados por causas secundárias, a Secretaria informou que o dado consta no boletim. Contudo, o documento não é preciso quanto ao status vacinal desse público.
Em leitos de UTI, dos 122 internados por Covid, 30 estão com o esquema vacinal completo. Nesse perfil de leito, apenas 16 estão internados por causas secundárias. Já na enfermaria estão 466, dos quais 109 têm a vacinação em dia. Nessa ala, 218 foram hospitalizados por outras circunstâncias.
O perfil de pacientes com Covid mais comum nas unidades de saúde é o de não vacinados, que representam mais da metade dos internados (312). Já um quarto do total (137) é de pessoas com esquema vacinal incompleto, com apenas a primeira dose ou com o reforço atrasado.