O Ministério da Saúde divulgou uma atualização sobre os casos de intoxicação por metanol em todo o Brasil. Embora novas notificações ainda estejam sob investigação, o ritmo de registros diminuiu consideravelmente após o alerta inicial.
Até o momento, foram confirmados 59 casos de ingestão de metanol, com 15 desfechos fatais. A maior parte das ocorrências segue concentrada em São Paulo, onde a crise teve início. Outros quatro estados registraram pelo menos um caso confirmado, porém, não há informações sobre uma ligação direta com os eventos originais ou se tratam-se de intoxicações isoladas.
Em resposta à crise, o Ministério da Saúde adquiriu 2,5 mil doses de antídoto para intoxicação por metanol, disponibilizando-as para hospitais em todo o país.
Os estados com casos confirmados de intoxicação desde o início das notificações são: São Paulo (46 casos, com 9 óbitos), Paraná (6 casos, com 3 óbitos), Pernambuco (5 casos, com 3 óbitos), Mato Grosso (1 caso) e Rio Grande do Sul (1 caso). Além destes, 44 casos permanecem sob investigação, incluindo nove mortes.
Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e Roraima notificaram casos suspeitos, mas todos foram descartados após investigação. Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins ainda têm casos suspeitos sob análise.
O receio de intoxicação por metanol levou à notificação de diversos casos sem relação com a substância. Após testes, cerca de 92% das suspeitas foram descartadas pelas autoridades. Até o momento, foram descartadas 662 notificações, incluindo 35 óbitos suspeitos cuja ligação com o metanol não foi confirmada.
As investigações apontam que o metanol pode ter entrado no mercado de bebidas em São Paulo através da aquisição de etanol adulterado por criminosos que falsificavam destilados. O próprio etanol adquirido já continha metanol, surpreendendo os falsificadores.
Em outros casos, o metanol pode surgir como subproduto natural da destilação inadequada, principalmente em processos artesanais ou clandestinos, representando um risco à saúde do consumidor. O metanol é altamente tóxico, podendo causar cegueira e morte em poucas horas.
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