Adolescente também enganou seguidores solicitando criptomoedas e agora recebeu a condenação de três anos
Um adolescente da Flórida acusado de planejar uma invasão às contas de celebridades no Twitter, e depois enganar seus seguidores pedindo criptomoedas, foi condenado a três anos em uma prisão juvenil após um acordo com o Ministério Público, informaram as autoridades.
O MP da Flórida anunciou o acordo na terça-feira (16) no caso de Graham Ivan Clark, de 18 anos, descrito como o autor intelectual da invasão mundial “Bit-Con” de julho de 2020 das contas do Twitter de Elon Musk, Bill Gates, Barack Obama e Joe Biden, entre outros.
O procurador do Estado do condado de Hillsborough, Andrew Warren, disse que Clark, que tinha 17 anos quando foi indiciado, passaria três años em uma prisão de menores e três anos em liberdade condicional, o máximo permitido pela Lei de Criminosos Juvenis da Flórida.
Se Clark violar os termos de sua liberdade condicional, pode enfrentar uma pena mínima de 10 anos em uma prisão para adultos.
A invasão das contas, que resultou em acusações federais contra outras três pessoas, consistiu em tomar o comando das contas dessas celebridades e pedir aos seus milhares ou milhões de seguidores que enviassem bitcoins para uma conta específica, prometendo dobrar o dinheiro deles.
“Ele hackeou as contas de pessoas famosas, mas o dinheiro que roubou veio de pessoas comuns e trabalhadoras”, disse Warren. “Graham Clark deve prestar contas por este crime e outros potenciais golpistas devem ver que há consequências”.
Warren acrescentou que o “objetivo, em relação a qualquer menor de idade, sempre que possível, é que aprenda a lição sem que seu futuro seja destruído” e por isso oferece uma chance de reabilitação. O caso foi investigado pelas autoridades federais, mas Clark foi entregue às do estado da Flórida porque era um menor de idade nesse momento.
De acordo com o Ministério Público, Clark usou seu acesso aos sistemas internos do Twitter para hackear as contas de várias empresas e celebridades em um esquema que culminou no roubo de cerca de 100.000 dólares.
Essa invasão afetou ao menos 130 contas, incluindo a de Biden quando era candidato à presidência.