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Justiça manda prender Oruam; rapper vai responder por 7 crimes

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Polícia Civil afirma que artista impediu a apreensão de um menor procurado por roubo.

O Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do RJ expediu na manhã desta terça-feira (22) um mandado de prisão preventiva contra Oruam. O rapper tinha sido indiciado por uma série de crimes após, segundo a Polícia Civil, impedir a apreensão de um menor procurado por tráfico e por roubo na noite de segunda (21).

O artista teria buscado refúgio no Complexo da Penha após o episódio. “Aí! Eu quero ver você vir aqui, pô! Me pegar aqui dentro do complexo! Não vai me pegar, sabe por causa de quê? Que vocês peida!”, afirmou, em um vídeo nas redes sociais.

A ordem de prisão foi emitida pela juíza Ane Cristine Scheele Santos. Oruam vai responder por tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.

O secretário Felipe Curi, chefe da instituição, afirma que Oruam e amigos atacaram agentes e frustraram o cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra esse adolescente infrator.

“Oruam é um marginal, bandido, delinquente, criminoso e associado para o tráfico — um bandido da pior espécie”, declarou Curi em entrevista ao Bom Dia Rio desta terça (22).

Segundo Curi, Oruam foi indiciado por conta do episódio, na casa onde o artista mora, no Joá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

“Se havia alguma dúvida de que o Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos certeza de que se trata de um criminoso faccionado, ligado ao Comando Vermelho, facção que o pai dele, o Marcinho VPcontrola a distância de fora do estado, mesmo estando preso em presídio federal”, afirmou.

Em sua decisão, Ane Cristine explicou por que decretou a prisão preventiva, quando não há prazo para a soltura.

“Analisando os autos, verifico que, no presente momento, mais adequado se faz a decretação da prisão preventiva (e não da prisão temporária), conforme sugerido pelo Ministério Público”, escreveu a juíza.

“A prisão preventiva (…) se faz pertinente para a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. E os requisitos se fazem presentes, de acordo com os elementos probatórios”, destacou a magistrada.

A defesa de Oruam disse que não teve acesso ao inquérito policial até o momento, e que, por isso, não vai se manifestar.

Como foi o ataque

 

Segundo Curi, a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) obteve a informação de que na casa de Oruam estava um adolescente de 17 anos, identificado como Menor Piu“um dos maiores ladrões de veículos do estado e segurança do traficante Doca”.

Doca é Edgar Alves de Andrade, um dos chefes do Comando Vermelho (CV) no RJ e “dono” do Complexo da Penha.

“Havia um mandado de busca e apreensão contra o Menor Piu por vários crimes [fatos análogos, por se tratar de um adolescente infrator]”, destacou o secretário. “Como já era quase madrugada, obviamente nós não poderíamos entrar na residência dele. Ficamos ali esperando a movimentação. Ele saiu da casa e, já em via pública, foi feita a abordagem”, narrou Curi.

Nesse momento, Oruam postou um apelo nos stories: “Quem tiver de moto brota no Joá”, escreveu. “Me ajuda, eles estão aqui na minha porta.”

Os ânimos se acirraram quando Menor Piu foi colocado numa picape descaracterizada.

“Oruam viu da varanda da casa dele e começou a tacar pedras em cima dos policiais”, afirmou Curi. “Acertaram a viatura e machucaram o policial que acompanhava o Moysés [Santana, delegado da DRE].”

O MC foi até a rua e passou a xingar os policiais. “Delegado da Civil! Tu é c*zão! Filha da p*ta! Tá tudo gravado! Você é covarde!”, gritou o MC.

No tumulto, Menor Piu conseguiu abrir a porta esquerda traseira da picape e saiu correndo.

“Não foi uma confusão: eles frustraram, eles impediram que uma ação legítima do Estado fosse concretizada”, declarou Curi.

 

“Como eles estavam em flagrante, resistindo à prisão, danificando patrimônio público, os policiais entraram na residência, porque já era situação de flagrante”, emendou Curi. Um homem acabou preso.

“Após esse evento, ele fugiu e se escondeu no Complexo da Penha”, falou o chefe da Polícia Civil.

Foto:

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