Malandro disposto a aproveitar a pandemia de covid-19 para aplicar golpe não é criação exclusivamente brasileira. A exemplo do coronavírus, eles estão espalhados pelo mundo.
Louis Angel Ortiz, 42 anos, foi preso na terça-feira, 14 de abril, no restaurante Soul de Cuba Cafe, no número 283 da Crown Street, centro de New Haven, Connecticut, Estados Unidos.
Um gerente resolveu dar uma incerta no local e encontrou o elemento roncando como um berrante, os lábios em trepidação de terremoto e uma garrafa de rum quase vazia travada numa das mãos.
Detalhe: Ortiz estava desde a madrugada do sábado anterior, dia 11, dentro do Soul de Cuba, que, como milhares de restaurantes americanos, estava fechado em apoio às medidas de isolamento social no combate pandemia de covid-19.
Câmeras de segurança mostraram que o esperto invadiu o estabelecimento por uma janela lateral e não perdeu tempo: detonou o estoque da casa. Além de comer às toneladas e encher a cara em quantidades oceânicas, o sujeito fez sumir vários objetos de valor e nada menos do que 70 garrafas de bebida.
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Divulgação
“Os policiais descobriram que Ortiz se serviu durante quatro dias da comida, bebida e da cerveja do restaurante. Além de comer e beber por quatro dias, retirou bebidas e objetos do restaurante”, informou a polícia de New Haven num comunicado.
Ortiz foi obrigado a curar a ressaca no New Haven Corretional Center, onde está preso. Deverá ser levado ao juiz na segunda-feira (27). Tudo indica que, ao menos até lá, não conseguirá se livrar do xilindró.
A fiança estipulada para que ele deixe de ver o sol pontuar quadriculado no topo do morro é mais salgada do que toda a comida engolida à farta em seus quatro dias de rega-bofe afanado: US$ 10,5 mil, cerca de R$ 56 mil ao câmbio dessa segunda-feira (20).
Ressaca cara. Ressaca moral mais cara ainda.