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Legado de herzog revive 50 anos após morte em filme e ia

© TV Cultura/Divulgação
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A morte do jornalista Vladimir Herzog, há 50 anos, ainda ressoa na memória nacional como um marco na luta contra a repressão e pela redemocratização do país. Herzog, então diretor de Jornalismo da TV Cultura, apresentou-se voluntariamente no Departamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), órgão de repressão da ditadura militar, onde foi preso sem ordem judicial e morto após interrogatório sob tortura em 25 de outubro de 1975.

Para marcar o cinquentenário de sua morte, novas produções buscam preservar o legado de Herzog, incluindo um documentário, um podcast sobre sua vida e uma ferramenta de inteligência artificial que simula respostas com a voz do jornalista, baseada em seu vasto acervo.

A TV Cultura exibe o documentário “A Vida de Vlado – 50 anos do Caso Herzog”, com materiais inéditos sobre a história da família Herzog e a trajetória do jornalista até sua morte. O filme, que teve lançamento oficial na 49ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, traz entrevistas com pessoas que trabalharam e conviveram com Herzog, além de fotos e documentos inéditos, como slides de um filme inacabado sobre Canudos.

No próximo domingo, a Praça Memorial Vladimir Herzog, em São Paulo, receberá uma intervenção permanente chamada Calçadão do Reconhecimento, com a instalação dos nomes de todos os vencedores do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Uma das homenagens será dedicada aos trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que receberam o Prêmio Especial Vladimir Herzog Contribuição ao Jornalismo em 2022 pela resistência na defesa da comunicação pública durante o governo de Jair Bolsonaro.

O podcast “O Caso Herzog: A Foto e a Farsa” apresenta uma investigação sobre as circunstâncias da morte do jornalista, com entrevistas, documentos e áudios inéditos. O fotógrafo Silvaldo Leong, autor da imagem do corpo de Herzog pendurado no DOI-Codi, compartilha seus relatos, desconstruindo a versão oficial de suicídio.

Além disso, o jornalista Paulo Markun desenvolveu uma ferramenta de inteligência artificial que cria respostas com a voz de Herzog a partir de seus livros, reportagens, textos e cartas. A ferramenta será apresentada em um evento sobre o uso da inteligência artificial para a preservação da memória, no Sesc-SP.

Markun destaca que as iniciativas em torno da rememoração dos 50 anos da morte de Herzog demonstram um entendimento comum sobre a importância do respeito ao voto popular, dos direitos humanos e da liberdade de expressão. Ele lembra que a derrota da ditadura foi resultado da união de pessoas com diferentes posições políticas em torno da defesa da democracia.

Um ato inter-religioso em memória de Herzog será realizado na Catedral da Sé, repetindo o evento de 1975 que se tornou um símbolo da resistência democrática.

Foto: Reprodução

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