A leucina, um aminoácido essencial, figura entre os suplementos populares para quem busca aprimorar o desempenho físico e o ganho de massa muscular. Frequentemente encontrada em fórmulas de BCAA, ao lado da isoleucina e valina, a leucina desempenha um papel crucial no organismo.
Os aminoácidos essenciais, como a leucina, são aqueles que o corpo humano não consegue produzir por conta própria, necessitando obtê-los através da alimentação ou suplementação.
A principal função da leucina reside na síntese de proteínas. Embora contribua em menor escala para a energia muscular durante o exercício, a suplementação com leucina é frequentemente associada à recuperação do tecido muscular, ao combate à sarcopenia (perda de massa muscular relacionada à idade) e à redução da degradação muscular.
É importante ressaltar que a suplementação de leucina pode não trazer benefícios significativos para indivíduos que já obtêm quantidades adequadas desse aminoácido através da dieta.
Estudos científicos têm se dedicado à investigação dos efeitos da leucina e do BCAA no ganho de força e hipertrofia. No entanto, as evidências disponíveis até o momento não sustentam de forma robusta a necessidade de suplementação para esses fins.
A suplementação isolada de leucina pode ser útil para auxiliar idosos a atingirem os níveis recomendados desse aminoácido, principalmente em contextos de dietas com restrição calórica ou quando a ingestão proteica diária é insuficiente.
Para a maioria da população, a leucina proveniente da alimentação é suficiente para atender às necessidades de síntese proteica. O consumo excessivo de aminoácidos, além das necessidades do corpo, não resulta necessariamente em um aumento da massa magra.
Priorizar uma dieta equilibrada é fundamental. Se você consegue obter níveis adequados de aminoácidos essenciais através da alimentação, a suplementação com o objetivo de aumentar os níveis de leucina no sangue não é necessária. Caso a suplementação seja considerada, o acompanhamento médico é imprescindível.
Para a construção muscular, o ideal é consumir todos os nove aminoácidos essenciais que o corpo não produz, o que pode ser alcançado de forma mais saudável através de uma dieta balanceada e com a orientação de um nutricionista.
Optar por suprir as necessidades nutricionais por meio de alimentos saudáveis é sempre a melhor escolha, pois eles fornecem outros nutrientes benéficos, como fibras, vitaminas e minerais.
Fontes alimentares de leucina incluem carnes, oleaginosas, leguminosas, ovos e laticínios.
Um dos argumentos para a suplementação de BCAA ou leucina é a prevenção da sarcopenia, condição que leva à perda progressiva de massa muscular com o envelhecimento.
No entanto, estudos indicam que o consumo rotineiro de leucina pode não ser tão eficaz na prevenção da sarcopenia. Mesmo que aumente a concentração do aminoácido nos músculos, o processo de sarcopenia parece estar relacionado a uma menor sensibilidade do corpo às proteínas para a síntese muscular.
Apesar de a síntese proteica poder ser aumentada em músculos imobilizados ou envelhecidos, a resposta é atenuada em comparação com indivíduos saudáveis. A estimulação pela leucina, em geral, não leva a alterações significativas.
A resposta atenuada também se manifesta na alimentação. As melhores estratégias para o tratamento da sarcopenia envolvem a prática de exercícios físicos acompanhada de uma dieta equilibrada. A suplementação de leucina pode ser útil em algumas situações, desde que seja indicada e acompanhada por profissionais de saúde.
Fonte: saude.abril.com.br


