O presidente da Câmara dos Deputados disse que a mudança vale a partir de segunda-feira (25) e foi decidida pela Mesa Diretora
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou, nesta terça-feira (19), que os trabalhos presenciais da Casa serão retomados na próxima segunda-feira (25). A medida atende a uma decisão da Mesa Diretora. Para o retorno, será exigido o cumprimento de uma série de determinações sanitárias, como a exigência da vacinação contra a Covid-19.
Pelas redes sociais, Lira detalhou: “Serão tomadas todas as medidas administrativas e sanitárias no retorno das atividades, entre elas, a apresentação da carteira de vacinação”.
Mesmo sem os detalhes, o anúncio já foi suficiente para provocar divergências por parte de deputados aliados do governo, sobretudo para aqueles que não se vacinaram contra a Covid-19, seguindo o exemplo do presidente da República, Jair Bolsonaro. O argumento é de ter a liberdade cerceada, inclusive com a limitação do direito parlamentares. Por isso, já há um movimento do grupo para barrar a exigência.
Ao R7, o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) argumentou que a decisão ocorre em um momento em que os próprios estados e municípios estão revendo a cobrança de uma espécie de passaporte sanitário para a entrada em eventos. “É arbitrária e temerária a decisão, por parte de Arthur Lira e da Mesa Diretora, cerceando liberdades e obrigando pessoas a se vacinarem com um imunizante experimental”, disse.
Jordy, que tomou a primeira dose da vacina, mas disse estar em dúvida se completaria o esquema de imunização, afirmou, também, que é necessário pensar em uma maneira de manter os trabalhos por videoconferência e votação à distância, do contrário, “obrigaria deputados que não querem ou não podem a se vacinar”. Ele questiona, por fim, se a própria entrada do presidente da República será barrada. “Vai privar o presidente a entrar?”.
Os detalhes com as regras serão publicados na revista da Casa pela Diretoria-Geral. A previsão é que saia ainda nesta terça-feira (19).