Reajustes já anunciados devem refletir em toda cadeia produtiva, desde o custo das empresas até a mesa dos consumidores
A variação de 0,53% da inflação oficial em junho foi menor do que a esperada para o mês, mas ainda não é motivo para comemoração por parte dos consumidores, já que os reajustes das contas de energia elétrica e dos combustíveis voltarão a pesar no bolso neste mês de julho.
As previsões apontam para o chamado “efeito cascata” a partir dos aumentos já anunciados. A movimentação passa por toda a cadeia produtiva, desde o custo das empresas ao fabricar os bens até a mesa das famílias.
A variação de 0,53% da inflação oficial em junho foi menor do que a esperada para o mês, mas ainda não é motivo para comemoração por parte dos consumidores, já que os reajustes das contas de energia elétrica e dos combustíveis voltarão a pesar no bolso neste mês de julho.
As previsões apontam para o chamado “efeito cascata” a partir dos aumentos já anunciados. A movimentação passa por toda a cadeia produtiva, desde o custo das empresas ao fabricar os bens até a mesa das famílias.
Na última segunda-feira (5), houve ainda o anuncio da Petrobras de que a gasolina, o diesel e o gás de cozinha ficarão mais caros devido à valorização dos preços do petróleo no mercado internacional.
“O diesel mais caro pode encarecer o frete do transporte rodoviário, o que pode causar vários efeitos indiretos em produtos que a gente consome no dia a dia”, analisa Braz ao prever que os impactos trazidos pelos aumentos devem levar o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) próximo de 1%, o que representará uma variação de quase 9% no índice acumulado em 12 meses.
O analista sênior da Control Risks para o Brasil, Mário Braga, aponta que o cenário tende a afetar principalmente os mais pobres, elevar a inadimplência e até mesmo frear o processo de recuperação da economia nacional.
“Se a queda no consumo das famílias se concretizar, as empresas devem se deparar com um cenário de retomada menos forte que inicialmente antecipado, e terão que adaptar suas operações para este novo panorama”, alerta Braga.
Até o momento, os combustíveis veiculares (+26,7%) aparecem como os principais responsáveis pela inflação em patamares mais elevados no primeiro semestre. A capa de “vilões” do índice oficial de preços surge após altas significativas do etanol (35,7%), do gás veicular (27,3%), da gasolina (25,6%) e do óleo diesel (24,6%) no período.