Longe da televisão desde que atuou na série “Cidade Proibida” (2017), a atriz Maria Flor vem sofrendo ataques desde a última terça-feira (31), quando fez um comentário polêmico sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no meio de um vídeo do canal que tem com o marido, Emanuel Aragão, que não tinha a política como temática principal.
“O que eu estou sentindo é uma vontade inenarrável de matar um ser humano. Eu só queria pegar o Bolsonaro e esfregar a cara dele no asfalto quente até ele ficar com a cara toda esfolada e a pele dele sair e eu arrancar com a mão, com o dente, pegar aquele olho dele e enfiar os dois dedos, assim”, desabafou.
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Desde então, a atriz tem recebido tantas ameaças que fechou os comentários nas redes sociais e deixou de ir ao supermercado. Em vídeo publicado no canal Flor e Manu neste domingo (5), o casal refletiu sobre o machismo presente nos ataques direcionados à atriz.”Não existia só uma indignação em relação ao fato de eu ter falado mal do nosso presidente, a indignação era pelo fato de eu, ‘uma mulherzinha dessas’, ter me colocado. Parece que a mulher não pode ter essa agressividade, ela tem que ser doce, romântica, delicada”, disse Maria Flor, apontando que, se a fala tivesse sido feita pelo marido, as agressões não seriam naquele sentido.
Emanuel concordou, dizendo que a esposa foi chamada de palavras que sequer possuem equivalência no gênero feminino e disse ter recebido mensagens de outros homens aconselhando-o a fugir dessa “mulher que é do capeta”. “Esses camaradas que têm tanta raiva da figura feminina são pessoas heterossexuais que têm relacionamentos com mulheres. Como uma mulher casada com esse sujeito se expressa dentro de casa?”, refletiu, puxando o gancho para o tema do vídeo, relacionamentos tóxicos.