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Marido encomendou morte de empresária em Manaus para ficar com os bens, diz polícia

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Segundo as investigações, o casal estava em processo de separação e por não aceitar dividir os bens com a vítima, o homem pagou R$ 10 mil para um atirador. Suspeito também contou com ajuda de uma amante.

Sulivan Ferreira Maia, de 46 anos, foi preso por envolvimento na morte da própria esposa, a empresária Edy Claúdia Oliveira Alves, que tinha 41 anos, em Manaus. Segundo as investigações, o casal estava em processo de separação e por não aceitar dividir os bens com a vítima, Sulivan pagou R$ 10 mil para um atirador executar a mulher. O crime aconteceu no dia 27 de dezembro de 2023, no bairro Presidente Vargas, Zona Sul da capital.

Policiais da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD) também prenderam outras duas pessoas por suspeita de participação no crime.

  • Elielson da Silva Campos, de 24 anos, apontado como o executor da morte da empresária.
  • Luzilene Marques Alburquerque, de 39 anos, que teria um caso extraconjugal com Sulivan e ficou encarregada de arrumar uma pessoa para quem seria repassado o valor de R$ 10 mil, para ser depositado na conta do atirador.

Elielson, Luzilene e Sulivan foram presos em cumprimento de mandado de prisão preventiva. Os dois homens foram presos na quinta (18), em locais distintos de Manaus, e a mulher nesta sexta (19), no interior do estado.

O assassinato de Edy Claúdia foi registrado por câmeras de segurança e inicialmente foi tratado como latrocínio.

De acordo com o delegado Thomaz Vasconcelos Dias, titular da DERFD, o crime ocorreu por volta das 21h30 do dia 27 de dezembro, no momento em que a vítima estava retornando de uma choperia – no qual era proprietária – com a renda arrecadada.

Devido a forma como o crime foi reportado inicialmente, em razão do atirador ter matado e roubado a vítima, as investigações iniciaram como sendo um latrocínio, mas durante as diligências, foi descoberto que se tratava de uma execução mediante ordem de terceiros.

“Após a identificação do atirador, concluímos que ele cometeu o crime dissimulando um roubo seguido de morte, entretanto o seu intuito principal seria executar a Edy Claúdia, a mando de seu marido. Ele pagou R$ 10 mil para que a mulher fosse executada, inclusive de forma muito cruel, às vésperas do final de ano, na presença da filha, da sobrinha e de um neto, colocando, também, em risco a vida dos demais”, contou.

Conforme o delegado, Elielson confessou que no momento em que ele foi executar a Edy Claúdia, a arma deu pane. O suspeito relatou que efetuou o primeiro disparo e percebeu que a mulher ainda estava com vida, por isso disparou mais duas vezes, e só resolveu ir embora quando viu que ela estava agonizando.

“Em seguida, ele rouba 500 reais que a vítima havia jogado no chão no momento da abordagem e foge. Em 15 dias de investigação, conseguimos constatar que o crime teria participação de três pessoas: o autor, que responde por roubo majorado em regime semiaberto; a amante de Sulivan e o marido da vítima”, contou.

Segundo o titular, para que não ficasse nenhum rastro, Luzilene ficou encarregada de arrumar uma pessoa para quem seria repassado o valor de R$ 10 mil, para ser depositado na conta do atirador. Quanto a isso, as investigações irão continuar.

O delegado esclareceu que Sulivan deu a justificativa de que como estava em processo de separação com Edy Claúdia, ele não queria dividir os bens com a então esposa, e por conta disso resolveu tirar a vida dela.

“Cabe contar, também, que o homem tem um antecedente muito grave. Em 2016, casado com Edy Claúdia, ele tinha uma amante, uma jovem, que estava grávida de seis meses e apareceu morta, afogada, na praia do Açutuba. Na noite anterior ao encontro do corpo, testemunhas viram o suspeito chegando no local na companhia da jovem e sair sozinho. Ou seja, ele cometeu o homicídio, jogou o corpo no rio e foi embora. Ele, inclusive, é indiciado por esse caso. Será informada a prisão dele na Vara de Iranduba para que também seja representada pela prisão preventiva dele”, disse.

Durante a ação policial, foram apreendidas as roupas e sapatos utilizados por Elielson no dia do crime, bem como a motocicleta e a arma de fogo usadas.

De acordo com a polícia, Elielson da Silva Campos responderá por homicídio qualificado e roubo majorado e Luzilene Marques Alburquerque e Sulivan Ferreira Maia responderão por homicídio qualificado. Todos ficarão à disposição da Justiça.

 — Foto: Nainy Castelo Branco, da Rede Amazônica

Por g1 AM

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