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Meningite: atualização no esquema vacinal amplia proteção contra a doença

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Hospital pediátrico alerta para a importância da vacinação para evitar quadros graves e fatais da enfermidade

 

O Brasil já registrou mais de 4.400 casos de meningite em 2025, segundo dados do Ministério da Saúde. Diante do avanço da doença e da circulação dos diferentes sorogrupos da bactéria meningococo (Neisseria meningitidis), o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou, desde a última terça-feira, dia 1.º, a vacina meningocócica ACWY como dose de reforço para crianças de 12 meses. A atualização acompanha as diretrizes da Organização Mundial da Saúde, que busca o controle global das meningites meningocócicas até 2030.
A meningite é uma inflamação das meninges — membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal — e pode ser causada principalmente por vírus e bactérias. A infecção meningocócica, causada por bactérias, é uma das mais graves e de rápida progressão, principalmente em crianças menores de 5 anos. Por isso, o Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do país, reforça a importância de manter o calendário vacinal atualizado como principal forma de prevenção contra a doença.
Sinais e sintomas

Os sinais clínicos da doença variam conforme sua apresentação. “Na meningite meningocócica, os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça intensa e vômito. Já na doença meningococcemia, a criança apresenta febre associada a sinais de choque, como manchas vermelhas ou roxas na pele, conhecidas como petéquias — que indicam pequenos sangramentos. Há ainda casos em que a criança desenvolve simultaneamente os dois quadros, o que agrava ainda mais o estado clínico”, explica o infectologista Victor Horácio de Souza, do Hospital Pequeno Príncipe.
Segundo o especialista, a doença pode causar complicações graves, como convulsões, insuficiência renal e lesões de pele com risco de infecção secundária. “É uma doença de alta mortalidade, por isso a vacinação é tão essencial”, reforça.
Novo esquema vacinal amplia cobertura contra a meningite

A vacina ACWY era aplicada pelo Sistema Único de Saúde apenas em adolescentes com idades entre 11 e 14 anos. Agora, crianças de 12 meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias que ainda não tenham tomado o reforço ou que estejam com o calendário vacinal atrasado também vão receber. Com a nova diretriz do Ministério da Saúde, o esquema vacinal contra a meningite passa a ser:

  • primeira dose da vacina meningocócica C aos 3 meses;
  • segunda dose aos 5 meses;
  • reforço com a vacina meningocócica ACWY aos 12 meses.

“A inclusão da vacina ACWY no calendário nacional amplia significativamente a proteção das crianças. Antes, vacinávamos apenas contra o meningococo tipo C. Agora, passamos a proteger também contra os tipos A, W e Y. Também é importante destacar que a vacina é segura e bem tolerada”, destaca a pediatra Heloísa Giamberardino, do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe.
A especialista também alerta para a gravidade e velocidade de evolução da doença. “A meningite meningocócica é uma infecção que evolui de forma muito rápida, levando a quadros de choque e necessidade de tratamento em UTI. Por isso, manter o calendário vacinal em dia é essencial, especialmente no outono e inverno, quando a circulação do meningococo é maior”, ressalta.
Os pais ou responsáveis devem procurar a unidade de saúde mais próxima para verificar a situação vacinal e garantir a proteção de meninos e meninas.
Sobre o Pequeno Príncipe

Com sede em Curitiba (PR), o Hospital Pequeno Príncipe é o maior e mais completo hospital pediátrico do Brasil. Há mais de cem anos, a instituição filantrópica e sem fins lucrativos oferece assistência hospitalar humanizada e de alta qualidade a crianças e adolescentes de todo o país. Referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, realiza transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea, além de atuar em 47 especialidades e áreas de assistência em pediatria, com equipes multiprofissionais.

Com 369 leitos, sendo 76 de UTI, o Hospital promove 74% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2024, realizou 259 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil procedimentos cirúrgicos e 293 transplantes. Reconhecido como hospital de ensino desde a década de 1970, já formou mais de dois mil especialistas em diferentes áreas da pediatria. Desde 2019, o Pequeno Príncipe é participante do Pacto Global e contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), iniciativa proposta pela Organização das Nações Unidas.

A atuação em assistência, ensino e pesquisa — conforme o conceito Children’s Hospital, adotado por grandes centros pediátricos do mundo — tem transformado milhares de vidas anualmente, garantindo-lhe reconhecimento internacional. Em 2024, foi listado como um dos 80 melhores hospitais do mundo que atuam com pediatria e, pelo quarto ano consecutivo, foi apontado como o melhor hospital exclusivamente pediátrico da América Latina pela revista norte-americana Newsweek.

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