Para a intervenção do mirante Lúcia Almeida e largo de São Vicente, a Prefeitura de Manaus avançou em mais uma etapa do licenciamento da obra, tendo a Certidão de Aprovação de Projeto aprovada pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), emitida em janeiro de 2023.
São duas certidões, uma para cada projeto, sendo a 062022 para o prédio do mirante, com quatro pavimentos e área total de construção de 5,9 mil metros quadrados; e a 092022 para o largo, com área de urbanização e construção de 3 mil metros quadrados.
“Para 2023 temos metas para dar continuidade aos projetos estruturantes e de grande escala, como o mirante e largo da Ilha de São Vicente, que serão licitados, em conjunto com o casarão Thiago de Mello. São marcos importantes na gestão do prefeito David Almeida”, comentou o diretor-presidente do Implurb, engenheiro Carlos Valente.
O primeiro prédio de reconversão de uso e arquitetônica dentro do projeto “Nosso Centro”, da Prefeitura de Manaus, já tem aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-AM) do Amazonas. Projetado por equipe do Implurb, a intervenção na avenida 7 de Setembro, esquina com a rua Visconde de Mauá, vai promover a reabilitação de um imóvel que hoje se encontra sem uso e descaracterizado, às margens do rio Negro, tendo quatro andares (térreo e mais três).
A reabilitação do antigo imóvel, onde funcionava a Companhia Energética do Amazonas (Ceam), visa melhorar a qualidade de vida das pessoas, sendo a primeira grande área vertical a ser construída pela prefeitura para atividades de entretenimento, lazer, contemplação e negócios na Ilha de São Vicente.
Para Carlos Valente, Manaus está em um bom caminho com a gestão David Almeida e, especialmente, por poder contar com aporte de recursos para as obras. “As licenças valorizam e se somam à nossa proposta de reativar mais atividade econômica e dar longevidade e uso ao patrimônio. Estamos evoluindo com comprometimento com a cidade e projetos significativos e importantes para reabilitar o centro histórico”, ressaltou.
Como é um grande equipamento urbano, ele foi projetado para abrigar várias ações de cultura, lazer, gastronomia, negócios e muito mais, tendo como fundo a vista do rio Negro. E um dos eixos do “Nosso Centro” é destaque do escopo da intervenção, o “Mais Negócios”.
O prédio e o futuro largo construído ao seu redor servirão como um dos polos dinamizadores da região, sendo a primeira área pública verticalizada, da capital, de lazer e contemplação para o rio.
Projeto arquitetônico
O antigo prédio da Ceam vai abrigar um complexo de lazer e negócios, com foco no turismo, incluindo um píer, mirante, varandas, praça de alimentação coberta, decks e uma bela cobertura sinuosa que remete a um banzeiro. O píer vai substituir uma estrutura precária de atracadouro que existe no lugar, que recebe lanchas e pequenas embarcações do Corpo de Bombeiros, e das áreas de saúde e educação.
O prédio vai proporcionar uma vista privilegiada para o rio Negro, num dos pontos mais avançados da Ilha de São Vicente, contemplando espaços para projetos comerciais, como restaurantes, banheiros, lanchonetes e bares, além de área de exposições culturais, apresentações de shows, paisagismo e convivência integrada entre a construção e o ambiente natural.
O edifício terá estrutura coberta, mas com vãos vazados que vão permitir, em vários níveis, a observação para o rio e sua contemplação. A obra vai se integrar ao parque urbano, construindo um grande largo, associado à circulação de vários modais e requalificação de áreas vazias.
O largo que será criado no espaço envolve prédios de interesse de preservação até a rua Bernardo Ramos. Com a reconversão do edifício, no térreo ele contará com uma grande praça coberta, seguida de um segundo andar para área cultural e central de artesanato. No local, artistas poderão fazer exposições e apresentar shows. No terceiro pavimento ficará a gastronomia, com três operações de restaurantes, e no quarto o mirante.
Resgate
O planejamento prevê o resgate dos elementos originais da pavimentação das calçadas e das ruas; instalação de mobiliários urbanos e arborização das vias; implementação de acessibilidade nas esquinas e logradouros; melhoria da iluminação ambiente e cênica no prédio. A grande área de lazer vertical servirá de conexão natural e cultural com a paisagem bem à frente, o rio e sua beleza.
Texto – Claudia do Valle / Implurb
Fotos – Dantas Neto / Semcom