Conexão Amazônica
BRASILDESTAQUE

Modelo do avião que caiu em Vinhedo é semelhante ao de outros acidentes na Ásia

Publicidade

O avião da Voepass que caiu nesta sexta-feira (9/8) em Vinhedo, no interior de São Paulo, tinha 14 anos de fabricação e era de um modelo conhecido no mundo da aviação por sua capacidade de operar em aeroportos de pista curta e de difícil acesso no Brasil e em outras partes do mundo, especialmente na Ásia.

Foi lá, inclusive, que a empresa registrou acidentes envolvendo aeronaves semelhantes ao da Voepass.

Publicidade

O avião que caiu em Vinhedo era do modelo ATR 72-500, um turboélice regional desenvolvido pela empresa franco-italiana ATR.

A empresa é uma joint venture entre um braço da Airbus e a empresa italiana Leonardo, que atua no ramo de transportes aéreos e ferroviários.

Advertisement

Ele pertence a uma “família” de aeronaves conhecida como ATR-72. De acordo com a companhia, pelo menos 1.000 aeronaves desse tipo já foram vendidas em diferentes configurações.

Na sua configuração padrão, ele tem capacidade para 72 assentos, sendo 68 para passageiros e o restante para a tripulação. De acordo com a ATR, ele tem 27 metros de comprimento, 27 de largura (envergadura das asas) e 7,6 metros de altura.

De acordo com o fabricante, a velocidade de cruzeiro do ATR-72-500 é de 511 quilômetros por hora e sua autonomia de voo é de 1.324 quilômetros.

Fim do Que História!

É o suficiente para voar com segurança entre cidades como Cascavel e São Paulo, distantes aproximadamente 700 quilômetros.

Por ser um turboélice, sua velocidade de cruzeiro é menor que a de aeronaves a jato, como aeronaves da Boeing, Airbus ou da Embraer que podem chegar a aproximadamente 900 quilômetros por hora.

Diferentemente da maior parte das aeronaves comerciais a jato, o ATR-72-500 e as demais aeronaves da mesma família tem suas asas acopladas à parte superior da fuselagem e não na parte inferior.

Ainda de acordo com um comunicado divulgado pela companhia, a fabricação dos ATR-72-500 foi encerrada em 2012, dando lugar a uma nova família de aeronaves, os ATR-62.

No mundo, um dos principais focos da ATR é o mercado asiático. Três dos seus cinco escritórios comerciais ficam na Ásia: Cingapura, China e Japão. Além disso, a empresa também mantém um escritório de suporte na Índia.

No Brasil, aeronaves como o ATR-72-500 vêm sendo utilizadas em voos comerciais mais curtos e operando em aeroportos de pequeno e médio porte, como aqueles localizados no interior do Paraná, São Paulo e Estados do Nordeste, Centro-Oeste e Norte.

De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), além da Voepass (empresa criada a partir da compra da antiga MAP Linhas Aéreas pela Passaredo), aeronaves fabricadas pela ATR também são utilizadas por companhias como a Azul Linhas Aéreas e Total Linhas Aéreas.

Na tarde desta sexta-feira, a ATR divulgou uma nota sobre o acidente em Vinhedo.

“Nossos primeiros pensamentos estão com todos os indivíduos afetados por este evento. Especialistas da ATR estão totalmente engajados em dar suporte tanto para a investigação quanto para o cliente”, disse a empresa.

Acidentes levaram Taiwan a suspender voos de modelo

Apesar de ser tido como confiável em aeroportos de pequeno e médio portes, acidentes envolvendo aeronaves da ATR fizeram com que o governo de Taiwan chegasse a suspender, temporariamente, os voos de aviões dos modelos ATR-72 e ATR-42, uma outra família de aeronaves da fabricante europeia.

Em julho de 2014, um avião do modelo ATR-71-500 operado pela TransAsia Airways caiu ao se aproximar do aeroporto de Magong, em Taiwan. Das 58 pessoas a bordo, 48 morreram.

Sete meses depois, em fevereiro de 2015, um outro acidente, desta vez com um ATR-72-600, também abalou Taiwan. Pouco depois de decolar da capital, Taipei, o avião perdeu força e caiu sobre um viaduto antes de chegar a um rio.

Das 58 pessoas à bordo, 15 sobreviveram.

Logo após esses acidentes, a Autoridade Civil Aeroespacial de Taiwan, responsável por regular a aviação civil no país, suspendeu os voos envolvendo aeronaves semelhantes.

Os relatórios sobre o primeiro caso apontaram que o acidente foi causado por uma combinação de falha humana e condições climáticas severas.

No segundo caso, as causas prováveis do acidente foram uma falha no funcionamento de uma das turbinas associada a falhas na condução do problema por parte da tripulação.

Texto: Leandro Prazeres

Imagem: Divulgação

Fonte: BBC News

Publicidade

Leia mais

Prefeitura de Manaus participa do 7º Encontro da Rede Brasileira de Institutos de Planejamento

elayne

Mais de 20 mil atendimentos são realizados na 6ª edição do “Manaus Mais Cidadã”

elayne

Cidades que se destacaram na proteção às crianças recebem Selo Unicef

elayne

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceito Leia mais