Considerando todos os jogos, o Leão dispõe de 79% de aproveitamento, melhor que das outras oito edições da quarta divisão que participou
Antes mesmo da primeira fase do Campeonato Brasileiro Série D 2023 terminar, o Nacional tem o melhor aproveitamento em sua história na competição. Invicto há seis rodadas, o Leão tem 100% em jogos em casa e é líder do Grupo A1 da tabela.
Levando em consideração todos os jogos, o Azulino dispõe de 79% de aproveitamento, maior e melhor que das outras oito edições da quarta divisão que participou.
E para continuar com os bons números na edição de 2023, o Naça recebe o Águia de Marabá (PA), neste sábado. A partida é válida pela nona rodada do returno do Campeonato Brasileiro Série D. O duelo ocorre às 15h, no estádio Ismael Benigno, a Colina.
Comparando todas as edições que o Nacional participou, neste ano de 2023, o time acumula 79% de aproveitamento ainda na primeira fase.
Os comandados do técnico João Carlos Cavalo começaram com uma boa vitória sobre o Humaitá (AC) por 3×1. Na segunda rodada perdeu para o Tuna Luso (PA) por 2×1, a única derrota até o momento. O resultado, porém, não abalou o grupo que, rapidamente, se reergueu.
Após o episódio, o elenco voltou com todo gás. Venceram o Princesa do Solimões (AM), o Trem (AP), o São Raimundo (RR), empatou em 1×1 contra o Águia de Marabá – fora de casa – e por último, ganhou do São Francisco (AC) em dois jogos.
O primeiro aconteceu na primeira fase por 2 a 0 com gols de Alan Patrick e Iury Tanque. Já na primeira partida do segundo turno, marcaram 3 a 0 dentro da casa do adversário, com finalizações de Érico (2x) e Iury Tanque.
Os sete primeiros jogos foram históricos não só para o Naça, mas para todo o estado do Amazonas. Os 16 pontos asseguraram o melhor início da Série D a um clube amazonense. A equipe superou os 15 pontos do Amazonas em 2022.
A segunda melhor
Na busca pelo acesso à terceira divisão, o Naça não soma tanto sucesso. O primeiro ano no torneio foi em 2009. Na época, o Leão fechou a primeira fase em primeiro lugar no grupo com três vitórias e uma derrota, em quatro jogos e 75% de aproveitamento.
Na segunda fase, o Leão enfrentou o Cristal (AP) em dois jogos e empatou em 1 a 1 no primeiro duelo, bastando um empate sem gols para a classificação à terceira fase.
No segundo jogo em Manaus, o time abriu 2 a 0 no primeiro tempo, mas na etapa complementar, mesmo diante de sua torcida no Vivaldo Lima, o Nacional levou cinco gols do time amapaense, culminando com o placar de 5 a 2 para o Cristal (AP). Na classificação geral, o clube acabou na 17ª colocação.
A pior campanha
Depois de dois anos, o Naça novamente disputa a Série D. A vaga veio após a desistência da Federação Roraimense de Futebol de pôr um clube na competição. Com isso, o Leão entrou graças ao Ranking Nacional de Clubes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Na 1ª fase, o time amazonense somou sete pontos em oito jogos e estacionou na quarta posição, vencendo duas partidas, empatando uma e sendo derrotado cinco vezes. Esses números acarretaram a pior campanha na sua história, com 29% de aproveitamento.
Linha do tempo na Série D
Em 2013, com 62% de aproveitamento, o time amazonense terminou a primeira fase na liderança, alcançando 15 pontos, dois a mais que o segundo colocado. Em oito jogos, foram cinco vitórias e três derrotas.
(Foto: Divulgação)
Na segunda fase, o Nacional enfrentou o Salgueiro (PE). No primeiro jogo fora de casa, a partida terminou sem gols. Jogando em seus domínios, com a presença da torcida nacionalina lotando o Sesi, os amazonenses tentaram, mas não conseguiram a vitória que garantia a passagem para a próxima fase da competição.
Por sua vez, o Carcará foi cirúrgico e conseguiu buscar o empate após sofrer a virada no segundo tempo em 2 a 2. A equipe pernambucana conquistou a vaga por ter marcado mais gols fora.
Maquinaça
O ano de 2015 foi um marco para o clube azulino, isso porque o time voou no Campeonato Amazonense e obteve uma sequência de 15 vitórias consecutivas , chegando a ser comparado ao time dos anos 70 que era chamado de “Maquinaça”.
Na final do Estadual, o Leão batalhou com o Princesa do Solimões e venceu as duas partidas decisivas por 1 a 0 e 2 a 1, sendo o primeiro clube a ser campeão na Arena da Amazônia.
Apesar do feito no Barezão, na Série D, a história foi diferente. Comandado pelo técnico Aderbal Lana e depois por Paulo Morgado, o clube terminou a primeira fase em terceiro lugar.
Em oito jogos, somou duas vitórias, dois empates e quatro derrotas, a eliminação veio após uma derrota em casa por 2 a 0 para o Rio Branco (AC). O Leão deixou a Série D com 33% de aproveitamento.
No ano seguinte, o Naça voltou a cair na primeira fase, apesar de finalizar essa fase em segundo lugar com oito pontos.
Os azulinos foram eliminados por conta de um gol de saldo que garantiu o Espírito Santo em seu lugar. Em seis jogos, fez duas vitórias, dois empates e duas derrotas e somou 44% de aproveitamento.
De novo na segunda fase
Já no ano de 2018, o Leão da Vila Municipal enfim conseguiu voltar a classificar para a segunda fase, o que não acontecia desde 2013. Garantiu o primeiro lugar em um grupo com São Raimundo de Santarém, São Raimundo de Roraima e Real Ariquemes (RO).
Na segunda fase, foi derrotado diante do Altos no Piauí por 0 a 3, mas venceu em Manaus por 4 a 2, resultados que culminaram na sua eliminação e 55% de aproveitamento.
Na penúltima participação na Série D do Brasileiro, os nacionalinos foram piores que os anos anteriores. Precisaram passar da fase preliminar do torneio. Em duas partidas, o time perdeu pelos placares de 2 a 1 para o Ji-Paraná (RO) e novamente deu adeus ao sonho, em 2020.
(Foto: João Normando/LB Agência)
Lane Azevedo / @acritica