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No Campo de Azulão, Wilson Lima diz que maior produção de gás natural abrirá novo ciclo de desenvolvimento no AM

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Governador e ministro das Minas e Energia participaram de evento da Eneva que marcou início das obras para exploração da reserva

O governador do Amazonas, Wilson Lima, destacou, nesta quarta-feira (16/10), que a exploração do gás natural no Campo do Azulão, localizado entre os municípios de Silves e Itapiranga (a 203 e 225 quilômetros de Manaus, respectivamente), representará um novo ciclo de desenvolvimento econômico para o estado. Ele e o ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque, participaram hoje, em Silves, do evento que marcou o início das obras da Eneva para exploração da reserva.

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Durante a solenidade, Wilson Lima ressaltou que o empreendimento, que vai possibilitar oferta de energia limpa e confiável e trazer royalties ao Amazonas, vai abrir novas perspectivas econômicas na região metropolitana de Manaus, sobretudo para os municípios de Silves, Itapiranga, Itacoatiara e Rio Preto da Eva. Como parte de projetos estruturantes do Governo, ele afirmou que a recuperação da rodovia AM-010 será fundamental para fomentar o desenvolvimento na região.

“A AM-010 está sendo trabalhada para ser esse corredor de desenvolvimento econômico. Nós temos a exploração de gás aqui, que está sendo viabilizada, temos atividades que estão sendo desenvolvidas no município de Itacoatiara pelo rio, porque nós temos, ali, vários portos que dá para a embarcação atracar e navegar o ano todo”, disse o governador.

Wilson Lima também reforçou que o Governo do Estado está trabalhando na implantação do Distrito Agroindustrial de Rio Preto da Eva, em parceria com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). “Inclusive já estamos estudando a possibilidade de levar o gás também para esse setor. Já temos indústrias que estão interessadas, se instalando em Rio Preto da Eva, vislumbrando essa possibilidade”, frisou.

Investimento – A exploração do gás natural no Campo do Azulão será feita pela empresa Eneva. O investimento é de R$ 1,1 bilhão na obra, que vai gerar mil empregos, e a previsão de início da produção no campo é junho de 2021. Este será o primeiro campo de gás natural na bacia do rio Amazonas. O estado possui 50% de todas as reservas brasileiras de gás em terra.

“Esse é um momento histórico porque nós estamos viabilizando um empreendimento que o povo dessa região esperava há muito tempo. O início das obras da Eneva aqui faz parte desse conjunto de ações para garantir o desenvolvimento sustentável. O estado do Amazonas tem um potencial muito grande e essa construção vem sendo feita há muito tempo, com o Ministério de Minas e Energia”, afirmou o governador Wilson Lima.

“Esse empreendimento mostra que o setor privado está acreditando no país. A Eneva é uma empresa privada, 100% brasileira, com investimento de bilhões de reais no nosso país. Ao invés de investir lá fora, está investindo aqui porque estamos criando um ambiente de negócios favorável”, pontuou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

O ministro ressaltou que todas as políticas ambientais são rigorosamente cumpridas pela empresa. “Esse empreendimento é um exemplo de desenvolvimento sustentável. Cada madeira que é retirada é registrada e quando o empreendimento terminar, daqui a alguns anos, isso tudo vai ser recomposto, mantendo as condições naturais da região”, afirmou.

A Eneva já sinalizou para o Governo do Amazonas a possibilidade de exploração de novos blocos de gás. “A gente vê de uma forma muito positiva a perspectiva de exploração na bacia do Amazonas. Existe uma série de áreas que fazem parte do que foi denominado aqui de rodada permanente, onde a Eneva teria interesse em adquirir novas áreas, novos blocos e continuar fomentando o desenvolvimento da companhia e do próprio estado”, antecipou Pedro Zinner, diretor presidente da Eneva.

Geração de renda – A exploração do gás natural no Campo do Azulão já movimenta a economia e gera emprego e renda para os municípios de Silves, Itapiranga e entorno. Altevir Gomes da Silva é natural de Carauari, mas mora em Itapiranga há 13 anos.

Há nove meses desempregado, ele agradece a oportunidade de trabalho. “É um projeto que vai ser muito bom para o Amazonas, vai gerar muitos empregos para os pais de família que estão desempregados, para ajudar no sustento das suas famílias. É bom para quem vai trabalhar, para o agricultor e o pescador, para o comerciante, porque vai circular um dinheiro dentro do município e é uma renda que vai ficar boa para todo mundo”, disse Altevir.

Há 10 anos sem emprego formal, Élison Pinho comemora o novo momento. “Sou filho de Itapiranga e estava há mais de 10 anos desempregado, sou trabalhador também. Agora com esse projeto é uma oportunidade muito grande, uma expectativa muito grande para o nosso município, de melhorias para o nosso povo. Nós temos essa riqueza aqui na nossa Amazônia, o Amazonas todo tem uma terra produtiva e, agora, com esse projeto é uma expectativa muito grande”, afirmou Élison, que agora é operário no Campo de Azulão.

A prefeita de Itapiranga, Denise Lima, e o prefeito de Silves, Aristides Queiroz, destacaram a importância do empreendimento. “Hoje é um dia muito importante e muito significativo para o desenvolvimento econômico, social dos municípios de Itapiranga, Silves, da nossa região e para o estado do Amazonas. Agradeço ao governador Wilson Lima por ter uma visão do desenvolvimento da nossa região”, disse Denise.

“A presença das autoridades aqui valida um projeto dessa magnitude e deixa claro, de forma positiva, que o nosso país está começando a ter sonhos melhores e isso é muito bom”, afirmou Aristides Queiroz.

Sobre o Campo de Azulão – O Campo de Azulão, na bacia do rio Amazonas, foi descoberto há 20 anos, mas nunca havia sido explorado até o momento. A Eneva obteve a concessão de exploração junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio do projeto Azulão-Jaguatirica, que foi vencedor no Leilão para Atendimento a Boa Vista e Localidades Conectadas, organizado pela Agência em maio deste ano.

A Eneva irá produzir gás natural no Campo do Azulão, na bacia do Amazonas, liquefazer, e transportar em formato GNL (gás natural liquefeito), via caminhões, para Boa Vista (RR). Lá, o gás passará pelo terminal de regaseificação e será entregue para a usina termelétrica (UTE) Jaguatirica II, de 117 MW de capacidade instalada, para atendimento ao sistema isolado de Roraima.

O Amazonas será o primeiro estado a liquefazer gás natural em terra do Brasil. O que ocorre no Campo de Azulão poderá ser replicado para o abastecimento de outras localidades no interior do estado, abrindo espaço para a substituição de diesel por gás natural, o que irá gerar menor custo e menos poluição.

“Nós temos, no meu conceito, a nossa carta de alforria, nossa liberdade e segurança de termos uma energia confiável. Costumo falar que Roraima e Amazonas são irmãos siameses e nós temos que birgar por isso, para que dê certo tanto para um estado quanto para outro. É um projeto ambicioso que deu certo por causa da determinação tanto do governador Antônio Denarium quanto do governador Wilson Lima. Nós estamos muito felizes e agradecidos ao governador Wilson”, disse Aluízio Nascimento, presidente do Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação de Roraima, representante do governo de Roraima no evento.

Sobre a Eneva – A Eneva é uma empresa integrada, que une a atividade de produção de gás natural em terra à geração de energia. Sua atuação é centrada no Norte e Nordeste do país, o que contribui para o aumento da segurança energética da região e modicidade tarifária. A companhia é responsável por 46% da capacidade instalada de geração térmica do subsistema Norte e 11% da capacidade instalada de geração a gás do país.

Fotos: Bruno Zanardo/Secom

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