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Número de mulheres empreendedoras cresce no país, chegando a 69% nos últimos 14 anos

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A presença feminina nos negócios tem crescido a cada ano. Conforme pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), nos últimos 14 anos o número de mulheres que abriu um novo negócio no país passou de 38% para 69%. No Amazonas, 44% dos empreendedores são mulheres.

A administradora em Comércio Exterior, mestre em Turismo e Hotelaria e coordenadora dos cursos de Gestão da Faculdade Santa Teresa, Olinda Marinho, ressalta que ainda há um longo caminho a ser percorrido no que diz respeito a políticas públicas direcionadas à participação feminina nos negócios, mas houve, sim, ao longo dos anos, mudanças significativas. Ela, que atua mercado corporativo e acadêmico há 38 anos, trabalhando para empresas de todos os portes, conta que sempre via que as companhias não tinham um processo de trabalho integrador e que isso mudava quando uma mulher assumia o comando. “Por isso, meu interesse em administração e estudar comércio exterior, para colaborar com sugestões para criação de políticas públicas, não só visando incentivar a participação feminina nesse segmento, mas alertar para as muitas oportunidades que já existiam e deixávamos passar”, afirmou.

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A carreira de Olinda Marinho é marcada por desafios. “Aos 16 anos ela foi para Brasília, e aos 18, para o Rio de Janeiro, já iniciando na área de comércio exterior. Aos 28 anos, passou a atuar como conselheira técnica da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Olinda está sempre em busca de oportunidades para alavancar os negócios na região Norte, como por exemplo, tocando as ações do Programa de Qualificação às Exportações (PEIEX), que capacita empresas para atuação no mercado internacional. 

Olinda considera que a região amazônica possui inúmeras oportunidades para quem deseja empreender, independente do gênero. Um exemplo são os negócios com base na economia criativa, conceito usado para definir oportunidades movidas pelo capital intelectual e cultural. “No Amazonas, são enormes as riquezas que podemos explorar nessa área, especialmente nas milhares de comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas, onde a maioria dos líderes comunitários é mulher. A arte, cultura, lendas, histórias vão sendo passadas de geração a geração, se transformando em artesanato, biojóias, artigos para cama, mesa e banho, com um grande toque e originalidade local. Essa singularidade criatividade aliada à arte e cultura cabocla ribeirinha tem gerado resultados muito bons nas chamadas indústrias criativas”, destacou.

De acordo com Olinda Marinho, a educação é um grande aliado no processo de criação de novos negócios. “A educação é desafiadora e me instiga a criar metodologias, ferramentas e desenvolver estratégias deliberadas e emergentes para momentos como esse que estamos vivenciando, de contingências e oportunidades por conta da pandemia de coronavírus, por exemplo”, relata. Nesse contexto, segundo ela, a Faculdade Santa Teresa tem se destacado pelo incentivo ao empreendedorismo. “Os alunos, tanto da graduação quanto da pós, são estimulados a desenvolverem habilidades e competências na prática, facilitando, com isso, o acesso a mercados nacionais e internacionais”, frisou, reforçando a mudança que vem sendo operada. “O importante não é somente ter emprego e renda, mas especialmente se encontrar na profissão que seus dons e talentos conduzem a empreender e que a maioria deixa adormecido por não se conhecer e por jamais ter feito um teste vocacional ou um teste de perfil empreendedor”.

Para as mulheres que desejam empreender ou que já estão no mercado a dica dela é procurar se capacitar. “Não basta apenas ter vontade. É preciso saber negociar e monetizar suas habilidades e competências. O importante é acreditar e trabalhar para fazer dar certo”.

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