A decisão de manter ou não a desoneração é, eu mesmo tempo, técnica e política.
Hoje é o último dia da isenção de PIS, Cofins e Cide sobre os combustíveis. Juntos, os três tributos federais compõem 11,9 % do preço final do combustível e a estimativa é que a reoneração aumente o preço do litro de gasolina em R$ 0,69 e em R$ 0,24, par ao álcool. A decisão de manter ou não a desoneração é, eu mesmo tempo, técnica e política, e é motivo para mais uma quebra de braço do governo federal entre Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann.
Para o ministro da Fazenda, voltar a cobrar os percentuais do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) renderia algo entre R$ 29 e R$ 50 bi a mais no orçamento do governo. A cifra faz brilhar os olhos de Haddad, que, agora, tem a responsabilidade de pagar as contas de um governo que tem muitos compromissos com aliados, credores e que não acredita em teto de gastos.
Hoje é o último dia da isenção de PIS, Cofins e Cide sobre os combustíveis. Juntos, os três tributos federais compõem 11,9 % do preço final do combustível e a estimativa é que a reoneração aumente o preço do litro de gasolina em R$ 0,69 e em R$ 0,24, par ao álcool. A decisão de manter ou não a desoneração é, eu mesmo tempo, técnica e política, e é motivo para mais uma quebra de braço do governo federal entre Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann.
Para o ministro da Fazenda, voltar a cobrar os percentuais do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) renderia algo entre R$ 29 e R$ 50 bi a mais no orçamento do governo. A cifra faz brilhar os olhos de Haddad, que, agora, tem a responsabilidade de pagar as contas de um governo que tem muitos compromissos com aliados, credores e que não acredita em teto de gastos.
Embora não ocupe, formalmente, cargo no governo, a presidente do PT é vista, nos bastidores, como superministra, lembrando a figura de José Dirceu no primeiro governo Lula. Diz-se que Gleisi e Haddad, dois dos escudeiros mais fiéis de Lula, não se dão bem e entraram em rota de colisão no atual governo Lula. Gleisi, aproveitando-se da popularidade da isenção de impostos, argumenta que voltar a cobrar os impostos seria quebrar promessas de campanha e gerar inflação, com o conhecido aumento geral de preços, o que teria ônus político e dificultaria o retorno do PT à posição de hegemonia que já teve.
Tudo indica que Haddad ganhará a pressente disputa, talvez com uma retomada parcial da cobrança, para atenuar os prejuízos políticos. Mesmo com a vitória, ao que tudo indica, é Gleisi que sairá fortalecida dessa batalha. Com o andar do governo, a posição de Haddad como sucessor de Lula se enfraquece. Se o curso dos acontecimentos seguir sem alterações, cresce a possibilidade de que o sucessor de Lula seja, mais uma vez, Lula.
Foto: Divulgação.
Fonte: em tempo