A OMS destaca ainda que a ômicron é altamente contagiosa e que representa um risco “muito elevado”.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou nesta terça-feira (29), que o “tsunami” criado pela circulação simultânea das variantes delta e ômicron da Covid está levando “os sistemas de saúde à beira do colapso”. A OMS destacou ainda que a ômicron é altamente contagiosa e que representa um risco “muito elevado” ao mundo. A circulação da variante provocou recorde de casos nos últimos sete dias em vários países.
De acordo com balanço divulgado pela OMS, foram 935.863 novos casos por dia em média na última semana. A maioria das novas infecções foi registrada na Europa, onde vários países anunciaram novos recordes de toda a pandemia na terça-feira (28)
O número é consideravelmente maior que o recorde anterior, registrado entre 23 e 29 de abril, com 817.000 casos diários em média, e representa uma alta de 37% na comparação com a semana antecedente. “O risco global relacionado com a nova variante de preocupação ômicron permanece muito elevado”, alertou a OMS em seu relatório epidemiológico semanal. O documento destaca que o número de casos dobra a cada dois a três dias.
Ômicron
A variante ômicron parece provocar menos hospitalizações que a delta, até então dominante, de acordo com os primeiros estudos e com o boletim da OMS. Alguns cientistas destacam, contudo, que o maior número de contágios pode anular a vantagem de uma variante menos perigosa. A OMS também afirma que mais dados são necessários.
Mais de 5 milhões de mortes
A pandemia de Covid provocou mais de 5,4 milhões de mortes no mundo desde dezembro de 2019, segundo um balanço da AFP com base em fontes oficiais. A OMS acredita, no entanto, que o número real pode ser entre duas e três vezes superior a este total.