A Polícia Judiciária de Portugal, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), em ação conjunta com o DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) de Lisboa, desencadeou nesta quarta-feira (09), em Lisboa, uma megaoperação denominada “Aliança Digital”. Cerca de 60 pessoas foram detidas por prática de auxílio ilegal à imigração e falsidade ideológica.
Cerca de 300 inspetores da PJ cumpriram 57 mandados de busca e apreensão. A rede de casamentos por conveniência, desmantelada pela PJ, permitiu a realização de, pelo menos, 60 casamentos. De acordo com a polícia, os imigrantes pagavam cerca de 33 mil euros para se legalizarem, sendo que boa parte destes já não se encontra em Portugal.
O esquema criminoso era realizado através das redes sociais e tinha como objetivo promover a regularização de imigrantes em Portugal de forma fraudulenta. Inicialmente, o grupo criminoso, composto por mulheres portuguesas, pedia que os imigrantes se deslocassem a Portugal. Após a chegada, estes eram orientados a abrir uma empresa para obter a regularização.
Quando a abertura da empresa não era possível, os cidadãos eram instruídos a casar com portuguesas, em troca de uma quantia elevada em dinheiro. O esquema rendeu ao grupo mais de dois milhões de euros. A polícia solicitou apoio a outros países para localizar os noivos.
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