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POLÍTICA

Oposição e pré-candidatos à Presidência criticam decisão de não punir Pazuello; leia reações

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A decisão do Exército de não punir o general Eduardo Pazuello por participar de um ato político com o presidente Jair Bolsonaro motivou várias críticas de represetantes da oposição. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que já declarou ser pré-candidato à Presidência em 2022, disse que o fato é “muito grave” e ressaltou que o regulamento disciplinar das Forças Armadas é muito claro quanto a manifestações partidárias de militares da ativa.

“Sob que ótica, então, senão a do estímulo à anarquia e a da quebra da ordem institucional, o comando da força fecha os olhos a tal atitude?”, publicou ele no Twitter. “Vivemos hoje um dia anti-histórico. Que clama reflexão, atenção e repúdio das forças vivas da nação”.

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Desde o início do governo Bolsonaro, Ciro tem se colocado contrário à participação de militares da ativa na gestão. Segundo ele, o Congresso deveria legislar a respeito, vetando esse tipo de nomeação.

Outro possível pré-candidato à Presidência, João Amoêdo (Novo) também criticou o anúncio do Exército. “Instituições fortes são as bases do Estado de Direito”, afirmou. “O Comandante do Exército, ao não punir Pazuello exemplarmente, abre um precedente perigoso e assim enfraquece a instituição”.

Ex-prefeito de São Paulo e candidato em 2018, Fernando Haddad (PT) também tuitou sobre a decisão. Ele comentou que, devido ao histórico de Bolsonaro, a insubordinação era esperada. “Há militares ex-Bolsonaro perplexos com o fato de um capitão insubordinado, expulso do Exército, promover a insubordinação no Exército na condição de presidente da República”, escreveu. “Depois da logística com Pazuello, fico preocupado com nosso serviço de inteligência”.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve ser o candidato do partido ano que vem após ter suas condenações na Lava Jato anuladas, não fez comentários sobre o tema. Assim como ele, outros nomes que se colocam como opção para 2022, como os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), ambos do PSDB; e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

Chavismo

Após o anúncio sobre Pazuello, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou: “Cada vez tenho maior convicção: estamos vivendo um chavismo de direita”. E fez até sugestões para a comparação seja comprrendida.

Ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede) escreveu que “Bolsonaro puniu nossa democracia”: “Essa é a única “democracia” que Bolsonaro sabe exercer. Sua prática é democratizar danos. Não cuida da saúde e pune todos nós; deixa a educação de lado e pune todos nós; destrói a Amazônia e pune a humanidade inteira”.

Ex-candidata à Presidência pelo PC do B, Manuela D’Ávila classificou a decisão como “gravíssima”. “Estimula a insubordinação da tropa e desmoraliza as FFAA”, opinou. Guilherme Boulos, pré-candidato do PSOL ao governo de São Paulo, também disse que o anúncio era “muito grave”.

O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse que a falta de punição é um “ultraje”. “As Forças Armadas têm por dever proteger a sua população, esta decisão é no mínimo uma negação deste compromisso”, disse.

Já o filho do presidente Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu a movimentação do Exército e afirmou que Pazuello não discursou durante o ato político no Rio — o que não é verdade.

“Não era ato político, não houve pedido de votos ou sequer se falou em candidaturas, General Pazuelo não discursou”, disse ele. “Correta a decisão do @exercitooficial e vendo quem está choramingando vejo que está mais certa ainda”.

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