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Pandemia e pornografia: 60% tem consumido mais e vício preocupa

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O último report feito pelo Pornhub, publicado em Julho do ano passado, mostrou que a alta demanda iniciada em Março não tinha, até então, dado indícios de redução. Desde então, outros eventos como o dia em que o aplicativo Zoom ficou fora do ar, em Agosto/2020, também registrou novos picos de acesso.

Por aqui o cenário é mais ou menos o mesmo e deve continuar assim até que o isolamento social não seja mais necessário. Como a coisa toda parece se arrastar por mais algum tempo, me parece importante refletirmos sobre a possibilidade do consumo de pornografia deixar de ser puro entretenimento e uma pequena válvula de escape e vir a se tornar um vício, que pode comprometer a sua saúde, família e demais relações sociais.

Conversei com Tuy e Biel, eles estudam e trabalham com sexualidade desde 2014 e abordam o tema em seu canal do youtube. Além do canal, eles também realizam consultorias particulares e em grupo e ajudam as pessoas a compreenderem melhor a sua relação com o sexo e seus relacionamentos. Sobre o assunto, eles sinalizaram que “O maior alerta de vício é sempre se masturbar usando o filme pornô. Não precisa aumentar a quantidade de vezes ou sentir necessidade extrema de fazer isso, o simples não conseguir sentir prazer sozinho sem a ajuda de vídeo já é um alerta bem grande. O segundo alerta é trazer cenas dos filmes para o sexo real, seja na imaginação ou tentando reproduzi-los.”

Essa semana também fiz uma pesquisa com 4.410 pessoas e 60% delas confirmaram que estão consumindo cada vez mais pornografia, enquanto 33% continua consumindo a mesma quantidade pré-pandemia e apenas 7% diminuiu.

Dentre todas elas, 66% se diz preocupada com a possibilidade de vício e 51% se considera ou já se considerou viciado(a) em algum momento da vida.

Das pessoas que já se consideraram viciadas, a maior parte disse que o que mais foi afetado foi a sua capacidade de se excitar sem os estímulos visuais, seguido de problemas em seus relacionamentos, vida sexual, libido e até o trabalho.

A maioria, 57%, diz que nunca procurou ajuda profissional para tratar do problema e também não pretende fazer isso. Já 29% ainda não procurou, gostaria, mas ainda falta dar o primeiro passo. 12% conta que já procurou e obteve resultados positivos, enquanto 2% não sentiram melhora, mesmo com ajuda de tratamentos específicos para a situação.

Ainda na conversa com Tuy e Biel, abordei outros aspectos e eles trouxeram pontos interessantes. Confira:

Vocês trabalham com conteúdo adulto e por isso conhecem a indústria bem de perto. Isso impacta na relação de vocês com a pornografia? Consomem ou criam algum tipo de filtro ou critério para isso?

Nós consumimos moderadamente e preferimos escolher vídeos amadores ou de produtoras independentes que normalmente são fetichistas e temos certeza que as pessoas que estão ali querem estar ali.

Não consumimos o mainstream do pornô, por não sentir atração e principalmente por sabermos os abusos que acontece nessa indústria.

Como o vício em pornografia afeta a vida e a relação das pessoas?

O cérebro tem um limite de estímulos que são considerados normais, com o filme pornô esse limite é bastante ultrapassado, o que na prática significa ter menos ou nenhum prazer com o que é a realidade. Algumas pessoas começam a substituir o sexo, outras tentam trazer o pornô para a vida real e se frustram, e até relacionamentos acabam por isso. O vício em pornô é algo sério e as consequências são graves para o psicológico de quem tem, mas infelizmente as pessoas só o entendem quando está em estágio avançado.

Identificado o problema, que atitudes podem ajudar a contorná-lo? Como evitar um tipo de conteúdo que está disponível a um toque em qualquer dispositivo online?.

O primeiro passo é assumir que há um problema e, por mais difícil que seja, é preciso parar de assistir. Existem aplicativos que bloqueiam sites específicos e isso ajuda a pessoa a ter consciência do que está fazendo, mesmo que no meio do caminho acabe cedendo uma vez ou outra.

A segunda, e mais importante, é procurar um profissional, que pode ser um psicólogo, terapeuta sexual ou um terapeuta tântrico (terapeuta, não massagista – tem vídeo no nosso canal explicando a diferença!).

Fonte: Uol

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