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Pão francês, IPVA e escola: o que fica mais caro em janeiro no Amazonas

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Pão francês, IPVA e escola: o que fica mais caro em janeiro no Amazonas

Após encararem a inflação na casa dos dois dígitos, os amazonenses já começaram 2022 tendo que lidar com uma série de reajustes. Diversos produtos, serviços e impostos ficaram mais caros a partir deste começo de ano – veja a lista abaixo.

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do Brasil – fechou 2021 em 10,06%, com aumento de preços generalizados em todos os setores da economia, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

E já nos primeiros dias do ano, mais reajustes foram anunciados. O pão francês, por exemplo, ficou até 25% mais caro nas padarias do Amazonas, puxado pela alta do trigo e outras matérias-primas.

Para quem tem carro, o valor desembolsado para quitar o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) também vai custar, em média, 22,49% a mais em comparação com o valor do tributo do ano corrente.

Também houve alta nos valores dos materiais e mensalidade escolares.

O pão francês, ou popularmente chamado de “massa grossa” pelos amazonenses, sofreu um reajuste de preço de 15% a 25%.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Amazonas (Sindpam -AM), Carlos Azevedo, a decisão foi tomada em assembleia com os representantes do ramo.

“A medida de aumentar o valor do pão francês foi motivada pelos sucessivos reajustes nos valores das matérias-primas, especialmente a farinha de trigo. Isso para não citar a energia elétrica, os ingredientes e todo o processo de produção, que registraram forte alta nos últimos anos”, afirmou.

De acordo com Carlos Azevedo, não havia reajuste no pão francês desde 2020.

“No ano passado, muitas panificadoras já haviam recalculado os seus custos, e por conta disso, não vimos outra saída, a não ser readequar os valores dos nosso produtos”, concluiu.

Material escolar:

O preço do material escolar também ficou mais salgado. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), a alta chega a 30%.

Valores de itens como cadernos, lápis e livros devem acompanhar a inflação e a alta do dólar, que está cotado acima dos R$5 há mais de seis meses.

Mensalidade escolar:

Uma pesquisa realizada pela consultoria Meira Fernandes, especializada em gestão de instituições de ensino, apontou que 90,9% das escolas particulares pretendem aumentar o valor da mensalidade em 2022, em todo o país. Na maioria das unidades de ensino, o reajuste será de pelo menos 7%.

Entre as instituições que irão subir os preços, a maior fatia (53%) fará um reajuste entre 7% e 10%. Uma parcela de 7,6% informou que aplicará uma alta entre 10% e 11% , enquanto 9,1% irão aumentar as mensalidades em 12% ou mais.

Kayla Oliveira já começou o ano sentido o peso de mais de 20% na mensalidade do filho, de 5 anos, que estuda de uma escola particular do bairro Cidade Nova, na Zona Norte de Manaus.

“A gente tenta sempre se preparar, porque esse aumento já é esperado, mas esse ano me pegou um pouco de surpresa. Pagava R$500 e agora saltou para R$620, ou seja uma despesa R$120 maior”, contou ela.

IPVA:

Segundo a Secretaria do Estado da Fazenda do Estado do Amazonas (Sefaz-AM), o IPVA 2022 terá um aumento médio de 22,49% em comparação com o valor do imposto no ano corrente, reflexo do encarecimento dos veículos visto no ano passado.

A alta ocorre por conta do grande demanda no mercado automotivo do Brasil. Com a pandemia, os preços de veículos usados e novos registraram uma forte elevação.

“Como em 2021, houve um desequilíbrio na cadeia de produção de veículos, a indústria automobilística sofreu com a falta de insumos e com a paralisação na produção dos veículos. Com isso, o estoque de carros novos zerou nas concessionárias e houve aumento na procura de carros usados e, consequentemente, uma valorização no valor de mercado dos carros, mesmo o estado não aumentando a alíquota do IPVA”, explicou a chefe do Departamento de Arrecadação da Sefaz, Anny Karolinny Saraiva Coelho.

As previsões do que pode ficar mais caro

Gasolina:

Caso os postos de combustíveis sigam a tendência de sempre acompanhar os reajustes da Petrobras, a gasolina e o diesel deverão ficar ainda mais caros em Manaus.

No dia 11 de janeiro, a Petrobras comunicou o reajuste dos preços da gasolina e do diesel às distribuidoras serão reajustados.

Segundo a estatal, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro, o que representa um aumento de 4,85%.

Entretanto, até o momento o preço médio da gasolina em Manaus continua estável, custando em torno de R$6,59, até esta quarta-feira (19).

Por outro lado, é provável que os valores sofram mudanças, isso porque os postos de combustíveis da capital acompanharam todos os reajustes anunciado pra Petrobras ao longo dos últimos anos, repassando os reajustes para os consumidores.

Em nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Posto de Combustíveis e Lojas de Conveniência (Sidicombustiveis) informou que “o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada distribuidora e posto decidir qual será seu preço final, de acordo com suas estruturas de custo”.

Gás de cozinha:

Atualmente vendido por mais de R$105/botija de 13kg, em distribuidoras de Manaus, as projeções indicam que o botijão, vendido deverá ficar 30% mais caro até março deste ano.

Especialistas usam como base o valor do GPL no Golfo do México, que é o maior exportador do produto no planeta. Por lá, a expetativa é de que tonelada salte de US$ 700 para US$ 900 até o fim do primeiro trimestre, desencadeando em um efeito dominó no preço do gás de cozinha pelo mundo.

Em relação aos itens da cesta básica, o g1 solicitou informações ao IBGE e do Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-AM), mas ainda não obteve resposta.

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