Conexão Amazônica
GERAL

PF prende duas pessoas em operação contra desvios de recursos públicos e fraude em licitação no AM

Publicidade

Agentes identificaram proximidade entre empresas concorrentes em licitação em Rio Preto da Eva. Segundo a PF, mesmo sendo concorrentes na licitação, as empresas apresentaram propostas idênticas, até com os mesmos erros ortográficos.

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra desvios de recursos públicos e fraude em licitação e contratos firmado pela Prefeitura de Rio Preto da Eva, no Amazonas, nesta quinta-feira (28). Duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

Publicidade

Os mandados de busca e apreensão da Operação Emergência 192 foram cumpridos em Manaus e Rio Preto da Eva.

De acordo com a PF, as investigações começara após uma denúncia que inicialmente questionava a eficácia terapêutica dos medicamentos adquiridos por meio de dispensa de licitação em Rio Preto da Eva.

“Adicionalmente, a denúncia levantou suspeitas sobre a idoneidade da empresa contratada, uma vez que sua atividade principal não está relacionada ao setor hospitalar, mas sim ao comércio varejista de materiais de construção”, destacou o órgão.

Os investigadores também constaram indícios de conluio, quando há combinação ou cumplicidade, entre as empresas que concorreram à licitação.

Segundo a PF, mesmo sendo concorrentes na licitação, as empresas apresentaram propostas com os mesmos erros textuais.

“As propostas apresentadas pelas empresas nas licitações continham similaridades textuais e erros ortográficos idênticos, o que sugere um acordo prévio para manipular o resultado dos processos licitatórios”, afirmou a Polícia Federal.

Os agentes identificaram, ainda, proximidade entre os sócios das empresas concorrentes. “Os sócios das empresas concorrentes mantêm relações pessoais e de confiança entre si, incluindo relações afetivas e procurações outorgadas. Essas relações indicam a possível falta de competitividade e isenção nos processos licitatórios”, informou a PF.

Conforme as investigações, em algum momento, os sócios das empresas investigadas foram assessores comissionados da Prefeitura de Rio Preto da Eva. “E possuem vínculos políticos e pessoais com outros sócios das empresas sob investigação”, disse a instituição.

De acordo com as investigações, dados financeiros revelaram saques fracionados e transferências suspeitas nas contas bancárias das empresas envolvidas, imediatamente após os pagamentos efetuados pela Prefeitura de Rio Preto da Eva.

Até o momento, a PF efetuou duas prisões em flagrante, aprendeu cinco armas de fogo, munições, documentos, aparelhos eletrônicos e artigos de luxo.

Os investigados na operação deverão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato (desvio de recursos públicos) e associação criminosa. Se forem condenados, as penas podem ultrapassar 19 anos de reclusão.

— Foto: PF

Por g1 AM

Publicidade

Leia mais

Detento que sobreviveu a fuzilamento participou de massacre no Compaj

elayne

Prefeito David Almeida sanciona lei que cria Regime de Previdência Complementar em Manaus

elayne

Em dez meses, CMDU supera total de processos de urbanismo analisados em todo 2021

elayne

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceito Leia mais