Manaus amanheceu sob tensão nesta segunda-feira (6), após um intenso confronto entre a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) e um dos criminosos mais temidos do Comando Vermelho (CV). O suspeito, identificado como Matheus Roberts, conhecido pelo apelido “Belisca”, foi morto durante a troca de tiros na Zona Norte da capital.
Segundo informações repassadas pelo capitão da PM, a operação foi deflagrada após denúncias anónimas indicarem que “Belisca” estaria reparando armas de fogo numa residência situada entre a área da 30ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) e a fronteira Norte de Manaus. Diante da gravidade da situação, as equipes da PM montaram um cerco estratégico para surpreender o suspeito.
Ao perceber a chegada das viaturas, “Belisca” teria reagido à abordagem, abrindo fogo contra os agentes. Os policiais responderam e, no confronto, o criminoso foi atingido por disparos. Ainda chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a corporação, Matheus Roberts era um dos principais executores do Comando Vermelho em Manaus, com atuação predominante nas zonas Norte e Leste da cidade. “Tratava-se de um elemento frio, perigoso e responsável por execuções brutais. Há vídeos que mostram sua participação direta na morte de um criminoso conhecido como ‘Argentino’, em que ele chega a arrancar o coração da vítima e atear fogo no corpo”, relatou o capitão.
O episódio citado refere-se a uma das ações mais bárbaras atribuídas ao grupo. No dia 22 de junho deste ano, “Argentino” foi esquartejado em um crime de extrema violência. As investigações apontam que o corpo foi dividido em partes, com um dos pedaços encontrado em chamas na rua Itaeté, bairro Jorge Teixeira, e outro deixado na avenida Margarita, bairro Cidade de Deus, acompanhado de um cartaz com a frase: “Tirei a vida de muitos inocentes”.
As imagens chocantes, amplamente partilhadas em grupos de WhatsApp, evidenciam o caráter de punição interna da facção criminosa. Com a morte de “Belisca”, a polícia acredita ter desarticulado um dos braços mais violentos do Comando Vermelho na capital amazonense.
Foto: Reprodução