Governo do Japão investiu R$ 451 mil em 150 painéis solares e deve reduzir em até 80% o consumo de energia
A Escola Agrícola Rainha dos Apóstolos, localizada no Distrito Agropecuário de Manaus, no quilômetro 23 da BR-174, utilizará placas solares para reduzir os custos de energia elétrica e, assim, também contribuir com o meio ambiente.
Ao todo, 150 painés solares foram instalados com o financiamento do “Programa Assistência a Projetos Comunitários de Segurança Humana” (APC), do Governo do Japão, no valor de R$ 451.086. A cerimônia de entrega do sistema foi realizada na manhã de quinta-feira (24), na sede da escola, e contou com a presença do consulado-geral do Japão em Manaus.
“Entendemos perfeitamente a importância da Região Amazônica e queremos colaborar para proteger esta natureza. Mas para proteger, nós precisamos olhar também as pessoas que moram aqui. Portanto, queremos apoiar esta Escola Agrícola, porque os alunos serão, no futuro, os defensores da natureza”, destacou o cônsul-geral do Japão em Manaus, Masahiro Ogino.
Benefícios para a Escola
Com 200 hectáres de área, a Escola Agrícola, que completará 50 anos de existência em 2024, é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, que recebe apoios como da Secretaria de Estado de Educação e Desporto do Amazonas (Seduc) e Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed). Além do ensino básico, a instituição também capacita os alunos com o ensino técnico em agropecuária.
Na prática, as placas de energia fotovoltaícas devem proporcionar uma economia de 80% nas contas de energia elétrica da Escola Agrícola. O sistema tem a potência de 76,5 quilowatt de potência de pico (kWp) e para chegar a esse desempenho, foram instaladas 150 módulos solares.
“Nós temos uma despesa de energia elétrica que gira em torno de R$ 8 a R$ 12 mil reais por mês e com o projeto, nós esperamos que caia 80% desse valor para que possamos manter outras situações”, disse o diretor-geral da Escola Agrícola, Celso Batista de Oliveira.
“Então, esse projeto é de uma importância imensurável porque vai de encontro com o que nós precisamos e com aquilo que nós podemos oferecer que é o conhecimento para os alunos”, complementou.
A agricultura na rotina dos alunos
Os ensinamentos relacionados a agricultura como o cultivo e produção orgânica, por exemplo, estão na rotina dos alunos que possuem atividades durante todo o dia.
“Nosso objetivo é formar alunos técnicos agrícolas. Esses alunos vêm, passam três anos conosco, depois eles retornam para suas comunidades de origem para desenvolver aquilo que colocamos em prática”, afirmou o assessor de captação de recursos da Escola Agrícolar, Aroldo Nunes, que conta que a Instituição recebe alunos de vários municípios do Amazonas e da capital amazonense.
De pais para filha
A aluna Grazyelle Oliveira Salvador, 18 anos, é natural de Novo Remanso, uma comunidade do município de Itacoatiara, localizada à margem esquerda do rio Amazonas. Ela está no terceiro ano do Ensino Médio e Técnico, e destaca que o gosto pela área agrícola veio dos pais os quais vivem da produção de abacaxis na Comunidade.
“Os meus pais sempre trabalharam com agricultura, com a produção de abacaxis, e eu gostei de plantas e tenho muito apreço pelos animais. Minha expectativa é atuar com esse curso que fiz aqui, lá fora e fazer uma faculdade de veterinária”, apontou a estudante.
Sobre o Programa do Governo do Japão
O Programa de Assistência a Projetos Comunitários (APC) de Segurança Humana, do Governo do Japão, oferece assistência financeira não-reembolsável para organizações a fim de auxiliar na implementação de seus projetos comunitários de desenvolvimento. Até o momento, foram beneficiados 35 projetos no total de R$ 12,4 milhões no Amazonas. Para conhecer mais sobre o APC, acesse: http://www.manaus.br.emb-japan.go.jp/itpr_pt/00_000028.html.
(Foto: Paulo Bindá)
Karol Rocha/acritica