Conexão Amazônica
ECONOMIA

Pnad: metade dos brasileiros tem rendimento mensal de R$ 850; 1% ganha R$ 28 mil

Moeda Nacional, Real, Dinheiro, notas de real
Publicidade

Mesmo com a recuperação do mercado de trabalho, o rendimento médio obtido pelos trabalhadores não tem refletido melhoras.

De acordo com a PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada nesta quarta-feira (6) pelo IBGE, na verdade, na passagem de 2018 para 2019, a quantia apresentou uma ligeira queda de R$2.317 para R$2.308. 

O IBGE avalia que isso mantém um movimento percebido nos últimos anos, devido às mudanças estruturais verificadas no mercado de trabalho após a crise.

A informalidade cresceu, e as vagas com carteira assinada encolheram. Isso significa que muitas pessoas demitidas de empregos formais, passaram a trabalhar por conta própria, ou sem carteira, recebendo menos. Com isso muitas desigualdades verificadas historicamente na sociedade brasileira se aprofundaram ou, pelo menos, se mantiveram.

Enquanto o salário das mulheres caiu de R$2.010 para R$1.985 em média, o dos homens subiu de R$2.551 para R$2.555.

O que significa que a cada real ganho por um homem no Brasil em 2019, uma mulher ganhou apenas 77 centavos. E mesmo sendo 52,4% da população em idade de trabalhar, elas de fato são apenas 43,2% dos trabalhadores.

A pesquisadora do IBGE Alessandra Brito afirma que isso se relaciona também com os setores em que mulheres ou homens são predominantes. E ressalta que a desigualdade não é só de gênero.

E o fosso entre o topo e a base da pirâmide também se mantém muito profundo. Enquanto metade da população brasileira tinha um rendimento médio mensal de apenas R$850, entre os 1% mais ricos, essa média foi maior do que R$28 mil, quase 34 vezes mais.

Considerando toda a massa de rendimentos produzida no país, quase 43% dela ficou com as pessoas entre os 10% com maiores rendimentos.

No lado oposto, a população entre os 10% com menores rendimentos deteve apenas 0,8% da massa total.

A pesquisadora do IBGE explica que isso se reflete no índice de Gini, um indicador global para medição de inconformidade e que no caso do rendimento médio per capita ficou em 0,543 no ano passado.

Apesar da desigualdade não diminuir, a PNAD apontou que um importante mecanismo de redução desse desequilíbrio, o Bolsa Família, está chegando para um menor número de domicílios. Em 2019, 13,5% deles recebiam o benefício, menos do que os 13,7% registrados no ano anterior e 2,4 pontos percentuais abaixo da proporção de 2012.

Nesses domicílios o rendimento médio mensal per capita é de apenas R$ 352. Muito abaixo dos 1.641 em média verificados nos domicílios que não precisam participar do programa.

Publicidade

Leia mais

Copom eleva juros básicos da economia para 7,75% ao ano

elayne

Parcelamento de dívidas com o FGTS tem novas regras

elayne

Força-tarefa levará água potável para mais de 60 comunidades rurais durante estiagem

elayne

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Entendemos que você está de acordo com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceito Leia mais