Serão aplicados R$ 247 mi no monitoramento de gestantes com sintomas que indiquem possibilidade de infecção por covid-19
Uma portaria do Ministério da Saúde que prevê incentivo financeiro federal de custeio para desenvolvimento de ações estratégicas de apoio à gestação, pré-natal e puerpério, com vistas ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, foi publicada nesta segunda-feira (19) no Diário Oficial da União.
Segundo o Ministério da Saúde, R$ 247 milhões serão destinados, por meio do FNS (Fundo Nacional de Saúde) aos fundos municipais e Distrital de Saúde, de modo automático e em parcela única. Os recursos serão aplicados, por exemplo, na identificação precoce, no monitoramento de gestantes e puérperas com síndrome gripal, síndrome respiratória aguda grave ou com suspeita ou confirmação de covid-19.
Adiamento da gravidez
Na última sexta-feira (16), o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Parente, recomendou que, se possível, mulheres adiem a gravidez até uma melhora nos números negativos da pandemia.
“Caso possível, postergar um pouco a gravidez, para um melhor momento, em que você possa ter a sua gravidez de forma mais tranquila. A gente sabe que na época da zika, durante um, dois anos, se teve uma diminuição das gravidezes no Brasil, e depois aumentou. É normal. É óbvio que a gente não pode falar isso para alguém que tem 42, 43 anos, mas para uma mulher jovem, que pode escolher um pouco ali o seu momento de gravidez, o mais indicado agora é você esperar um pouquinho até a situação ficar mais calma”, ressaltou o secretário, que também é ginecologista.
O alerta foi feito pelo fato de que a gravidez é uma condição que favorece a formação de coágulos no sangue, as chamadas tromboses. Essa complicação pode tornar a covid-19 ainda mais perigosa durante as gestações.