A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), criou uma ferramenta para facilitar a coleta e avaliação de dados e aprimorar os programas e as ações da Rede de Atenção Primária à Saúde (APS). Trata-se do ‘Semsa Forms’, um gerador de formulários que, além de agilizar o trabalho das equipes, tem o diferencial de resguardar as informações dos usuários.
A ferramenta está em teste pelo Núcleo de Controle da Hanseníase da Semsa, que está avaliando seu desempenho e sugerindo os ajustes necessários para seu uso prático no programa “Autoexame de Pele Virtual”, iniciativa do Ministério da Saúde (MS), que, na capital, é executada pela Semsa, secretarias municipal e estadual de Educação (Semed e Seduc) e Fundação Alfredo da Mata (Fuam), a partir da coleta de informações dos usuários da comunidade escolar.
O subsecretário municipal de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, explica que o novo recurso, além da praticidade na captação de dados como território, modos de vida e hábitos dos usuários, que enriquecem o sistema de informação em saúde, foi estruturado a partir da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, que regula o tratamento das informações pessoais.
“Esse aspecto da ferramenta é essencial para que o processo de busca de informações da população seja realizado pelos programas da Semsa com respeito ao usuário. O direito à privacidade é resguardado. Ao mesmo tempo, esse recurso reforça o aprimoramento das nossas ações a partir das informações captadas”, acrescenta o gestor.
O chefe da Divisão de Projetos de Sistemas, Marcos Mamede, acrescenta que o ‘Semsa Forms’ foi desenvolvido a partir da sinalização das equipes do Núcleo de Controle da Hanseníase, que usavam um gerador de formulários gratuitos, que facilitava o trabalho, mas por outro lado, apresentava fragilidades em relação à proteção aos dados.
“Diante dessas limitações, decidimos desenvolver nossa própria solução para criação de formulários. Esse novo recurso permitirá que os diferentes setores da Semsa otimizem a coleta de informações de forma personalizada e segura, garantindo segurança no acesso a esses registros”, acrescenta.
A técnica do Núcleo de Controle da Hanseníase, Eunice Jacome, explica que a ferramenta está sendo testada primeiramente pelas equipes de saúde que atuam no “Autoexame de Pele Virtual”, mas que em novembro começará a ser utilizada de forma experimental junto aos responsáveis pelos alunos que participaram do programa.
Eunice reitera a importância da inovação e explica que assim que a programação do autoteste começou a ser executada em Manaus, em 2022, as equipes utilizavam um aplicativo gratuito para captar informações fornecidas pelos pais dos alunos, que acessavam o link disponibilizado por meio dos canais de comunicação escolar.
A partir das informações fornecidas, os profissionais da Semsa consultavam a base de dados e selecionavam os alunos que relatavam alterações na pele. Esses participantes eram convocados para exames presenciais na escola, mediante autorização dos pais e responsáveis. Durante o atendimento, condições como a hanseníase eram investigadas e outras dermatoses tratadas, de acordo com a avaliação médica.
“Embora fosse superprático e fácil, a plataforma que usávamos estava vulnerável a invasões e adulterações nas informações. Essa situação foi discutida com a gestão da Semsa, que acionou o DTI, que, por sua vez, apresentou esta solução tecnológica. Estamos achando o ‘Semsa Forms’ excelente, porque o controle de acesso vai ser mais efetivo, uma vez que é possível identificar o nome do profissional que alimentou os dados e assim, desfazer dúvidas e até melhorar a busca de informações”, reforça.
Versátil, a ferramenta também será adotada pelos demais programas da Semsa que, a partir das situações informadas pelos usuários, podem ser aprimorados para aumentar a resolutividade da Rede de Atenção Primária à Saúde.
— — —
– Tânia Brandão / Semsa
Foto – Alex Otani / Semsa