Uma data para alertar sobre a importância de ter hábitos alimentares saudáveis, fazer exercícios e monitorar as condições de saúde regularmente. No Dia Nacional de Combate ao Diabetes, neste sábado, 26/6, a Prefeitura de Manaus reforça que a Atenção Primária de Saúde, gerenciada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), desenvolve ações de prevenção e tratamento. Doença crônica caracterizada pela incapacidade do corpo de produzir insulina ou de empregar adequadamente este hormônio, o diabetes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta cerca de 240 milhões de pessoas, o que significa que 6% da população mundial sofre deste mal.
São dados que preocupam as autoridades sanitárias, que enfocam esforços principalmente nas formas de prevenção do agravamento da doença. A Semsa adota a estratégia da educação em saúde, o que na prática significa alertar a população sobre os primeiros sinais da doença, que pode evoluir para complicações, resultando, inclusive, em amputação dos membros inferiores (dedos, pés e pernas).
Em Manaus, a rede de atenção primária disponibiliza atendimentos médicos, exames, acesso a medicamentos e acompanhamento regular dos usuários. Para ter acesso a esse conjunto de cuidados, basta ir a uma Unidade Básica de Saúde, levando RG, CPF e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) – se o usuário tiver perdido ou não tiver ainda este documento, a equipe da UBS o providencia.
A titular da Semsa, Shádia Fraxe, explica que a Atenção Primária possui 34.687 diabéticos cadastrados e no cenário atual, marcado pela crise sanitária mundial causada pela Covid-91, a rede municipal está orientada para o atendimento desse público.
“Por orientação do prefeito David Almeida, nossas unidades e profissionais de saúde estão preparados para o atendimento da população, ofertando uma série de cuidados preventivos, acompanhamento e busca ativa, como forma de evitar o agravamento dos quadros de saúde dos usuários”, afirmou.
Projeção
O gerente da Rede de Cuidados Crônicos da Semsa, Dario Aguiar, enfatiza que a luta contra o diabetes é coletiva. Ele cita dados da OMS que sinalizam que a população de doentes diabéticos em nível mundial vai aumentar até 2025 em mais de 50%, o que significa que 380 milhões de pessoas irão apresentar esse mal nos próximos anos.
“Por isso, reforçamos ações de educação em saúde, para que o usuário conheça as formas de controle para ter boa qualidade de vida. Por outro lado, a Semsa também orienta as unidades da rede municipal de saúde para acolher pacientes que apresentam alteração como prioridades, inserindo-os na agenda com fluxo separado das pessoas com síndrome gripal, para assegurar o atendimento e a continuidade do cuidado”, frisou o gerente.
Sintomas
A médica clínica geral Fabiane Castilho aponta que o diabetes apresenta alguns sintomas específicos como fome frequente, aumento da sede, vontade de urinar diversas vezes ao dia, perda de peso inexplicada e súbita. O histórico da doença na família também exige atenção.
“Existem também alguns fatores pessoais e ambientais de risco, como excesso da ingestão de carboidratos, o tabagismo e aspectos relacionados às doenças da síndrome metabólica, que causam alterações de colesterol e triglicerídeos. Esse conjunto de condições contribui para a formação do diabetes, juntamente com a hipertensão arterial. Importante salientar que a obesidade e o sedentarismo favorecem a formação do diabetes no organismo”.
HiperDia
A diretora da Unidade de Saúde da Família Dr. Luiz Montenegro, no bairro Nossa Senhora das Graças, zona Sul, Renata Cavalcante, acentua a importância do programa HiperDia, que compreende o tratamento de usuários com diabetes e hipertensão, condições que costumam estar associadas.
Renata Cavalcante explica que todos os usuários atendidos na unidade passam pelo teste de glicemia e quando há alterações (quando as dosagens de glicemia de jejum estão acima de 126mg/dL), os pacientes realizam exames para confirmação da doença. “Aquele paciente que é identificado com diabetes já fica em acompanhamento com acesso à medicação e vem aqui pelo menos de seis em seis meses para uma reavaliação pelo médico clínico”.
Tipos
Existem três tipos de diabetes: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional. No tipo 1, a produção de insulina pelo pâncreas é insuficiente, pois suas células sofrem o que se chama de “destruição autoimune”. Os portadores desse tipo precisam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais.
O diabetes tipo 2, conhecido como diabetes do adulto, corresponde a 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade, embora na atualidade se manifeste com maior frequência em jovens, em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse pela dinâmica da vida.
O tipo 3 é conhecido como diabetes gestacional, quando há presença de glicose elevada no sangue durante a gravidez. Na maioria dos casos, a glicose no sangue se normaliza após o parto. Mas existe a possibilidade de essas mulheres desenvolverem diabetes tipo 2. Por isso é preciso monitorar o estado de saúde da usuária.
Texto – Tânia Brandão / Semsa
Fotos – Divulgação / Semsa