A Prefeitura de Manaus, por meio da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município (Ageman), fiscalizou, nesta quarta-feira, 28/4, o processo de descarte de lâmpadas convencionais já utilizadas pelo consórcio Manaus Luz na iluminação pública das ruas e avenidas da capital.
A ação visa garantir que o processo industrial de descontaminação seja realizado pela empresa terceirizada, contratada para impedir que o material seja descartado de forma ilegal, trazendo assim, danos ao meio ambiente e à população.
De acordo com o diretor de Gestão Energética e Iluminação Pública da Ageman, Everaldo Leal, todo o processo deve ser fiscalizado e acompanhado para que ocorra o descarte correto do material, cumprindo o que já está acordado por contrato.
“O processo tem dois aspectos. O primeiro, cumprir o que está descrito no contrato de concessão, e este é o trabalho da agência reguladora. O segundo é garantir que a empresa vai cumprir o recolhimento e descarte licenciado das lâmpadas antigas. Esse processo exige que seja realizado por uma empresa certificada pelo órgão ambiental e tem que ser todo controlado por documentos registrados pela empresa”, informou Leal.
Conforme informações do Manaus Luz, boa parte das lâmpadas descartadas nesta quarta-feira foi recolhida durante a primeira etapa do programa “Ilumina Manaus”, que realizou a implantação de 12 mil novos pontos de LED em 60 bairros de Manaus, trazendo maior segurança, economia e qualidade no serviço prestado à população.
“A prefeitura, no contrato de concessão, é solidária ao que a empresa atua. Então, tudo o que a empresa fizer, pode refletir na prefeitura. É por isso que existem seguros e cláusulas de proteção. Mas, independentemente da parte legal, é importante que a prefeitura controle isso fisicamente. Vimos para constatar o que está sendo realmente feito”, concluiu.
Processo
A reciclagem de lâmpadas fluorescentes consiste na separação física dos componentes, isto é, das partes metálicas, pó, vidro e mercúrio. O processo de reciclagem de lâmpadas é geralmente realizado por etapas: trituração, separação de matérias e filtragem.
Na primeira etapa, são trituradas as lâmpadas fluorescentes, sendo segregado o vidro e o alumínio do pó fosfórico e vapor de mercúrio. Logo depois, o vidro é separado do alumínio para posterior reciclagem. No final, ocorre a filtragem do pó fosfórico e o vapor de mercúrio com filtros bag, Hepa (sigla em inglês para Hight Efficiency Particulate Air ou partículas de ar de alta eficiência) e carvão ativado.
Além disso, para eliminar resíduos perigosos, a empresa incinera o material. Também pode ser incinerado tudo o que, sendo orgânico, já não é reutilizável ou reciclável. A queima do lixo reduz o volume a ser descartado e o impacto ambiental, prolongando a vida útil dos aterros sanitários.
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Texto – Thiago Fernando / Semcom
Fotos – Altemar Alcântara / Semcom