Para poder atravessar o céu de uma das metrópoles amazônicas, a Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), está realizando uma série de reuniões, pesquisas e prospecções, para a implantação do teleférico na capital, com previsão para ser inaugurado em 2024.
A ideia é utilizar as melhores soluções disponíveis, unindo técnica, formato e modelagem de operação para desenvolvimento do projeto, buscando atrair a iniciativa privada, para reduzir o custeio do investimento público municipal e viabilizar a operação do empreendimento.
Entre os pontos em estudo estão o número de pessoas transportadas por cabines e a quantidade de postes intermediários de apoio, caso necessário.
“Estamos buscando as definições se serão cabines de 8, 12 ou 16 lugares para o transporte, número de lugares, se a linha terá apoio intermediário ou não. São detalhes que vão subsidiar o projeto de forma técnica e com expertise, além de economia. Trabalhamos com uma perspectiva de 18 meses de obra, fora o tempo de licitação e licenciamentos”, explica o diretor-presidente do Implurb, engenheiro Carlos Valente.
A modelagem para a operação do teleférico também faz parte dos cadernos de estudos, podendo ser concessão, chamamento público ou uma Parceria Público-Privada (PPP).
Vista
O teleférico é um modal com vista para o rio Negro, que não contamina, não congestiona e que é acessível. O projeto foi anunciado pelo prefeito David Almeida e faz parte das intervenções do “Nosso Centro”, tendo a previsão de uma linha com 1,2 quilômetro, ligando o Centro até a orla do São Raimundo, na zona Oeste.
O teleférico em estudo pela Prefeitura de Manaus será um projeto transformador de intervenção urbana e de alto impacto turístico, juntamente com uma série de intervenções propostas para a revitalização do centro histórico, influenciando positivamente o entorno, economia, sustentabilidade, transporte e a comunidade onde estará inserido.
“Estamos trabalhando na concepção do projeto, visando ao financiamento com a iniciativa privada. Ele terá uma estação partindo do prédio Mirante da Ilha. Grandes cidades do mundo têm seus centros urbanos transformados com áreas de convivência digna e precisamos recuperar o centro de Manaus. Queremos trazer grandes projetos e financiadores internacionais para a cidade”, ressaltou o prefeito David Almeida.
O teleférico servirá como modal de transporte, com uma estação nas proximidades do parque Rio Negro, no São Raimundo, e outra no Mirante da Ilha, fazendo a travessia de 1,2 quilômetro por cima do rio. E a ideia é que os parques e entornos recebam incentivos para instalação de atividades comerciais, de lazer e cultura. O status hoje, no Implurb, é de desenvolvimento de um anteprojeto.
“O programa de revitalização do Centro passa por ações ousadas do prefeito David Almeida, como o estudo do teleférico, uma intervenção transformadora, de estética e infraestrutura que se integra à beleza do rio Negro. Existem teleféricos em vales, sob montanhas, em margens de rio e de mar por todo o mundo. Estamos buscando acrescentar mais um atrativo turístico e de mobilidade para a população de Manaus, de forma sem precedentes”, pontuou o diretor-presidente do Implurb.
Mirante da Ilha
A primeira grande área vertical de contemplação do rio Negro, entretenimento, lazer e negócios, é o futuro edifício Mirante da Ilha, uma obra da Prefeitura de Manaus, que terá uma estação do teleférico. A edificação fica na avenida 7 de Setembro, Centro, na ilha de São Vicente, e será completamente revitalizada e terá reconversão de uso pelo poder municipal.
O imóvel fará parte do parque Mirante da Ilha, um dos projetos do amplo programa “Nosso Centro”, que está dentro do plano de crescimento econômico e social “Mais Manaus”, lançado pelo prefeito David Almeida, na segunda quinzena de junho, e com projeto arquitetônico do Implurb.
O edifício Mirante da Ilha vai ocupar o antigo prédio da Companhia Energética do Amazonas (Ceam), incluindo uma marina, varandas, praça de alimentação coberta, decks e uma bela cobertura sinuosa que remete a um banzeiro. Será uma das reconversões de uso projetadas para o “Nosso Centro”.
“O prédio ficará o mais vazado possível, vamos retirar toda a alvenaria e deixar os grandes blocos, um para acomodar os banheiros públicos, e outro para fazer a circulação vertical com escadas rolantes e elevador. Será uma das primeiras e grandes reconversões de prédios no Centro”, explicou o diretor de Planejamento do Implurb, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.
Texto – Claudia do Valle / Implurb
Fotos – Divulgação / Implurb