O preparador tocava os corpos das alunas e pegava as mãos delas colocando-as sob seu pênis
Rio de Janeiro (RJ) – O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o preparador de elenco Sergio Luiz Penna por importunação sexual contra quatro atrizes. As mulheres eram alunas do profissional em cursos de expressão artística, realizados entre 2016 e 2019.
Segundo as investigações, Sergio Luiz aproveitou da sua notoriedade neste meio e a necessidade de contato corporal entre professores e atriz em alguns exercícios para abusar de pelo menos 30 atrizes.
O preparador tocava os corpos das alunas e pegava as mãos delas colocando-as sob seu pênis. As informações são do jornal O Globo.
A promotora Janaína Marques Corrêa Melo, da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da Área Botafogo e Copacabana do Núcleo Rio de Janeiro, afirma que Sergio aproveitava as atividades do cursos para abusar do toque corporal, como longos abraços e alisamentos, além de beijos na boca ou nas bochechas, sempre justificando os atos como metodologia de ensaio.
O objetivo, segunda promotora, era obter a confiança das alunas para evitar que a atitude fosse vista como invasiva.
A denúncia ainda narra que o preparador elogiava constantemente as qualidades das alunas, enaltecendo seus talentos.
“As investigações mostraram que, em outros momentos, as vítimas chegavam a perceber que havia algum tipo de maldade na investida, porém, o medo de desagradar o professor e a vontade de não ser prejudicada no meio artístico fazia com que ficassem inertes”, diz a denúncia.
O Ministério Público aponta que o profissional se valia da confiança das alunas e criava uma confusão mental. Elas ficavam na dúvida se aquela forma excessiva de agir era o jeito de ser dele ou se era um abuso.
Dessa forma, a importunação sexual e abuso, em diversas ocasiões, foram tratados como ações praticadas “sem querer” ou sem cunho sexual.
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As investigações mostraram que, em outros momentos, as vítimas chegavam a perceber que havia algum tipo de maldade na investida, porém, o medo de desagradar o professor e a vontade de não ser prejudicada no meio artístico fazia com que ficassem inertes, uma vez que a notoriedade do Sérgio era utilizada, naquele momento, como uma forma de retirar a liberdade dessas mulheres.“
Felipe Santoro, delegado