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ECONOMIA

Produção industrial recua pelo sexto mês seguido

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Queda de 0,2% em novembro faz setor amargar perda de 4% no período de recuos iniciado em junho, aponta IBGE

A produção industrial brasileira recuou 0,2% na passagem de outubro para novembro de 2021, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com o resultado, o setor amargou o sexto mês consecutivo de perdas, período em que a atividade acumula queda e 4%. 

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Apesar de acumular, nos 11 meses de 2021, um avanço de 4,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, a indústria continua cada vez mais distante do patamar pré-pandemia, apontam os dados da PIM (Pesquisa Industrial Mensal).

Para André Macedo, gerente responsável pela pesquisa, a indústria ainda sente muitas dificuldades para se recuperar dos danos causados pela pandemia, encontrando-se atualmente 4,3% abaixo do patamar de produção em que estava em fevereiro de 2020.

“Quando olhamos para o ano anterior, os resultados ao longo de 2021 são quase sempre positivos, pois a base de comparação é baixa, já que no início da pandemia a indústria chegou a interromper suas atividades, com o ano de 2020 fechando com um recuo de 4,5%. Porém, analisando mês a mês, observamos que, das 11 informações de 2021, nove foram negativas”, avalia ele.

Macedo lembra que o setor ainda sofre os efeitos da pandemia mundial, que provocou o desabastecimento de alguns insumos e encareceu o custo da produção. “A indústria sofre com os juros em alta e a demanda em baixa, impactada pela inflação elevada e a precarização das condições de emprego, já que com o rendimento mais baixo o trabalhador consome menos”, afirma o pesquisador.

Segmentos

Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram assinaladas por produtos de borracha e de material plástico (-4,8%), que perderam toda a expansão acumulada (3,5%) nos meses de setembro e outubro, e metalurgia (-3%), que marcou a terceira queda consecutiva.

Outras contribuições para o resultado negativo partiram de produtos de metal (-2,7%), de bebidas (-2,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-4,5%) e de produtos diversos (-4,5%).

Por outro lado, entre as 13 atividades que apontaram crescimento na produção, exerceram os principais impactos em novembro de 2021 os produtos alimentícios (6,8%), indústrias extrativas (5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (2,9%).

Conforme os dados, o setor alimentício e as indústrias extrativas voltaram a crescer após dois meses consecutivos de queda na produção, em que acumularam perdas de 7,3% e de 10,2%, respectivamente.

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